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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Como se fosse a primeira vez

A inspiração surge de uma forma inusitada. Reflexões diversas vão aparecendo a partir de simples constatações. Músicas me fazem pensar. Boas músicas, que carregam significados e mexem com o íntimo. Na verdade, uma frase da música “Eu vou tentar”, composta por Rodrigo Koala e tocada pela extinta banda Ira!, me trouxe hoje para os teclados do PC.
“Tudo como na primeira vez”. Se começarmos a reparar sempre nos esmeramos mais quando estamos fazendo alguma coisa pela primeira vez. É a hora de deixar uma boa impressão, de dar o melhor de si e não errar.
É também a primeira vez que se fixa em nossa lembrança com maior intensidade, deixando marcas profundas. Um primeiro olhar, um primeiro beijo, o dia em que a inexplicável “química” encontra uma fórmula estável e aparentemente perfeita. Alguns se prendem a datas, outros nas sensações do momento. O instante em que olhares se cruzam despretensiosamente, mas acabam requerendo uma sinergia que parece mágica, não ocorre todos os dias. Bem que poderia ocorrer, quando bem quiséssemos. Mas, infelizmente, não é assim que acontece.
A magia vai dando lugar à realidade e evoluir nos relacionamentos e em nossas ações é necessário. Os sentimentos que provocamos em outros está fora de nosso controle e tendo tido êxito em um primeiro contato tudo o que podemos fazer é desejar que as coisas a seguir sejam como nesta ocasião.
Assim como nas relações amorosas, nas relações profissionais e pessoais também procuramos causar um impacto positivo quando chegamos a um novo ambiente. No primeiro dia de trabalho, no primeiro dia de aula, na primeira competição esportiva, nos preparamos para não fazer feio. Os homens fazem a barba, cortam as unhas, se vestem com roupas novas e passam perfume, as mulheres se maquiam, arrumam o cabelo, fazem as unhas e, dentre outras coisas, também passam perfume. Quase ninguém perde a oportunidade de se apresentar da melhor forma (quem ainda perde está na hora de acordar).
O fato é que, invariavelmente, perdemos a empolgação e o zelo que temos quando praticamos algo pela primeira vez. Deixamos, até mesmo sem querer, que as coisas tomem novos rumos e, relaxados, perdemos a chance de manter coisas que representam grande valor para nós.
Se mantivéssemos sempre toda a energia que empregamos para fazer as coisas da melhor maneira possível, tentando impressionar e ficar “bem na fita” como se fosse a primeira vez, lograríamos muito mais sucesso do que o normal.

Abaixo o clipe da música citada:

Eu vou tentar - Ira!

Fernando Christófaro Salgado.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Escolhas e escolhidos

“Nunca é tarde para começar (ou recomeçar)!” Esta é uma frase ordinária, ou seja, temos o costume de ouvi-la com freqüência, principalmente quando estamos em alguma fase de transição ou com perspectivas duvidosas de mudança.
Não deixa de ser uma frase encorajadora, mas para que ela comece a ter algum efeito positivo na vida de alguém é necessário que sejam feitas escolhas.
Falar é realmente fácil, já escolher alguma coisa, seja ela qual for, é uma tarefa bem mais complicada. Dentre tantas opções que são colocadas ao nosso alcance muitas vezes não fazemos as escolhas mais acertadas, tanto em questões triviais quanto naquelas que envolvem riscos e podem comprometer o direcionamento de nossas vidas.
Quem nunca comprou uma camisa e teve vontade de trocar depois? Ou foi a um restaurante self service e ficou na dúvida entre bife de boi ou frango grelhado? A cada momento somos obrigados a fazer escolhas. Qual trajeto farei para chegar ao serviço amanhã? Qual curso vou fazer na faculdade? Em qual escola de idiomas matriculo meu filho? As respostas a estes e outros questionamentos são determinantes para os caminhos que escolhemos trilhar, para a maneira com que desejamos ser vistos e para vislumbramos o esboço de nosso futuro.
Quando fazemos uma escolha nada garante que ela será a melhor, por isto a frase supracitada sempre vem à tona. Temos a chance de errar, de não gostar, de fazer de novo, e de novo, quantas vezes acharmos necessário até nos darmos por satisfeitos.
Dentre tantas escolhas a serem feitas existem algumas situações em que temos que ser escolhidos, e nestas, particularmente, não podemos errar. Só são escolhidos os bons, os que possuem talento, ou que por mérito e esforço próprio adquiriram uma posição de destaque. E como é difícil ser escolhido hoje em dia...
Para aqueles que desejam ser escolhidos existem algumas barreiras que se impõem ou são impostas:
A primeira barreira chama-se concorrência. Tem sempre alguém que faz, fez ou quer fazer a mesma coisa que você. Seu desafio é superar as outras pessoas e apresentar algum diferencial que seja atrativo e de valor para quem estiver escolhendo.
A segunda é o relacionamento, para aqueles que desconhecem esta palavra a chance de ser escolhido se reduz significativamente. Quanto mais pessoas você conhecer maior será a possibilidade de mostrar quem você é, suas qualidades e aptidões.
A terceira e não menos importante, por ser muitas vezes determinante se você será escolhido ou não, é a sorte. Empatado em todos os pré-requisitos com outro candidato, em um dia de sorte você pode conseguir o emprego que mudará a sua vida, basta a escolha de um gerente ou diretor de empresa.
Escolhendo ou sendo escolhido, em ambas as situações temos que fazer o máximo para minimizar possíveis erros ou rejeições, para tanto, se conhecer bem e procurar se desenvolver cada vez mais intelectualmente, se relacionando bem com todos que tiver contato, é de fundamental importância.


Fernando Christófaro Salgado.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Percepção e precaução

É interessante observar o quanto as pessoas se diferem umas das outras. Em uma mesma família, em uma mesma sala de aula ou em um mesmo ambiente de trabalho, sempre existem grupos que se apegam mais, que se sentem mais próximos.
Trabalhando com vendas descobri que uma das coisas que mais influenciam no comportamento e na maneira de ser das pessoas é a percepção. Cada um de nós percebe o mundo e suas relações de uma maneira diferente e única, existem alguns pontos em que nossa percepção converge com a de outros e em outros casos, não.
Muitas vezes demoramos a atentar para fatos que estão saltando as vistas de quem observa de uma maneira distinta, sob um diferente prisma. Quando não percebemos as coisas com a antecedência necessária deixamos de nos precaver, e são nessas ocasiões que cometemos nossos erros mais banais. Deixamos acontecer primeiro, para depois tomarmos as providências necessárias.
Diante disto, pode-se dizer que a precaução é uma filha da percepção. Só quando percebemos alguma dor ou um mau funcionamento do organismo é que procuramos um médico. Quantas pessoas têm o costume de fazer consultas ou exames de rotina? Não tenho os dados corretos, mas arrisco-me a dizer que são pouquíssimas. Alguns, só quando são roubados começam a pensar em aumentar sua segurança, mesmo tendo vários casos de vizinhos que já tiveram assaltos.
Quando falamos de sentimentos, muitos familiares ou amigos dizem: “Este rapaz não é para você” ou “Vi sua namorada com outro numa festa”, e não acreditamos; cegos, neste caso pela paixão, tapamos nossos ouvidos para o que não queremos ouvir e aniquilamos nossa percepção, que impede que tomemos os cuidados necessários para que não venhamos a sofrer no futuro.
O que é bom pra mim, pode ser ruim pra você, o que é feio pra mim, pode ser bonito pra você, o que é caro pra mim, pode ser barato pra você, tudo depende de como é sua percepção no momento em que está vivendo.
Nossa percepção, assim como nós, também evolui. Podemos melhorá-la de várias maneiras, sejam lendo livros, jornais, revistas, conversando e, principalmente, observando atentamente tudo o que se passa ao nosso redor e envolve nossa saúde e nosso bem estar, ouvindo conselhos e aceitando mudanças.
Para que sejamos mais precavidos temos, então, que perceber o mais rápido possível o que possa vir a ser um risco para nós, antevendo e eliminando qualquer possibilidade de insucesso.


Fernando Christófaro Salgado.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Por onde anda Mister M?

Vou me valer da lembrança que tenho do mágico que se apresentava há algum tempo atrás, revelando os truques impressionantes e secretos de seus colegas no programa dominical da Rede Globo, o Fantástico, para fazer uma analogia.
Existem pessoas que escolhem ser coadjuvantes de sua própria história, e o pior, o fazem escondendo a própria face. Assim como o enigmático Mister M, há quem prefira copiar e expor o segredo dos outros em detrimento de apresentar algo inovador e atrativo.
Em um primeiro momento, o personagem mascarado ganhou fama, pois mostrava como um mágico faz para “enganar” sua platéia, mas suas façanhas foram perdendo a graça, uma vez que, ao desvendar os mistérios que envolvem um truque, ele levava embora a magia e acabava com aquela agradável sensação de surpresa que temos quando nos impressionamos com algo.
Algumas coisas são feitas com propósitos diferenciados, e deve-se convir que muitas delas não agradam a gregos e troianos ou não seguem os padrões éticos que regem uma sociedade ou classe específica.
O mascarado Mister M deflagrou uma guerra com os mágicos sérios e comprometidos ao quebrar o sigilo de tudo aquilo que antes só podia ser passado aos aprendizes e estudiosos da mágica. É como se um médico revelasse em um megafone a doença de seus pacientes, ou um advogado passasse a acusar e prejudicar seu próprio cliente.
Não sei por onde anda Mister M, e tão pouco me importa saber. Ele foi apenas mais um que acabou relegado ao segundo plano, de onde nunca devia ter saído. Representou apenas o que se pode ter de pior: traição, ganância e inveja. Nada de novo construiu e embasou seu breve sucesso na criatividade e na força de vontade de outros, que souberam protagonizar seus números e suas vidas de forma magistral, talvez não tão perto dos holofotes, mas bem próximos daquilo que acreditam ser o correto a se fazer.
Ao tentarmos ser o que não somos ou fazer coisas que ultrapassam os limites morais perdemos nossa credibilidade e enganamos a nós mesmos. É também nessa hora que nos perdemos ou começamos a ser esquecidos.

Fernando Christófaro Salgado.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conhecendo pessoas

O que é necessário (ou sequer é possível) para se conhecer uma pessoa por completo? Para compreender e amá-la da forma como ela é, tendo todos os defeitos e mesmo cometendo diversos erros que para muitos seriam imperdoáveis?
Talvez o primeiro passo seja conhecer muito bem a si mesmo, o que não é tarefa fácil. Possuímos uma complexidade ímpar e desconhecemos os nossos verdadeiros limites e potencialidades. Aprendemos pela tentativa e erro e, normalmente, erramos muitos mais do que acertamos antes de enveredarmos pelo caminho correto.
Para se conhecer uma pessoa profundamente é necessário conhecer a sua história, o seu passado, as suas pretensões futuras e suas relações pessoais e profissionais no presente e muito mais.
Particularmente me fascina a possibilidade de interagir com o maior número de pessoas possíveis. Li em um artigo na internet que para ampliarmos nossa rede de relacionamentos significativamente temos que sempre trocar alguma idéia com quem esteja a pelo menos um metro de nós, seja no ônibus, no metrô, em uma festa ou na fila de cinema, em qualquer lugar sempre podemos criar algum tipo de relacionamento e divulgar o nosso serviço ou negócio em uma conversa informal.
A maioria das pessoas que conhecemos passa em nossas vidas como um raio de luz, podem até produzir um clarão que chegue a nos iluminar por alguns dias, mas depois desaparecem sem deixar nenhum vestígio.
Muitas ficam guardadas na lembrança para sempre e em sessões de nostalgia com amigos em comum são citadas com empolgação e satisfação por terem feito parte de nossa história.
Onde estarão? O que estarão fazendo? Como e com quem estarão vivendo? Casados, formados, empregados, felizes? São perguntas que nos fazemos quando pessoas queridas e que há muito tempo não temos notícias são citadas em conversas de bar.
Como sempre gosto de dizer, cada pessoa tem dentro de si um mundo a ser descoberto, primeiramente por ela mesma e, depois, pelas pessoas com quem ela se relaciona. Neste universo digo que sou um viajante incansável, que nunca desiste de conhecer, entender e aprender com novos mundos.


Fernando Christófaro Salgado.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um olhar de relance

Tratei um pouco no texto “A amplitude de um olhar” sobre a importância do sentido da visão em nossas vidas e agora vou falar um pouco mais sobre o assunto.
É engraçado como são as coisas. Com freqüência cruzamos olhares com outras pessoas e por uma fração de segundo parece que o tempo pára. É como se tentássemos descobrir o que se passa no pensamento delas.
Através da maneira com que uma pessoa te observa você pode também inferir-lhe o mesmo olhar, ou ainda um olhar diferente, que será interpretado da maneira que você, inconscientemente, desejar que o seja.
Mesmo que seja de relance, conseguimos captar as intenções das pessoas ou exprimir as nossas. É, a meu ver, a forma de comunicação mais assertiva que podemos ter, pois dificilmente conseguimos ocultar ou mascarar as alterações faciais geradas tão rapidamente a ponto prejudicar ou alterar a real concepção que temos do outro nestas situações.
Esta troca de olhares rápidos pode ocorrer em diversas situações e locais. Podemos imprimir nossos sentimentos de alegria, tristeza, raiva, angústia, pena, espanto, surpresa e vários outros, apenas nos instantes em que ela se dá.
Um olhar de desprezo ou de pena pode acabar com o dia de uma pessoa, assim como um olhar de admiração irá lhe massagear o ego.
Mesmo não havendo reciprocidade nesta troca, acredito que o importante nestas situações é saber tirar proveito dos olhares recebidos. Aqueles que transmitem alegria, admiração, satisfação e surpresa devem ser lembrados e os outros, negativos, relevados ou esquecidos.
Afinal, nem sempre a primeira impressão é a que fica!


Fernando Christófaro Salgado.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Engana-se

Engana-se quem pensa nunca errar
Engana-se quem deixa de sonhar
Engana-se quem diz não ao amor
Engana-se quem vive sem pudor

Estamos cansados de ser enganados
Pela corja indecente de depravados
Políticos, ladrões, loucos, aloprados
No circo da vida somos envenenados

Uma só mentirinha, que mal tem?
Mesmo sem querer, se engana alguém
Quem é enganado vira vítima, refém
Não às desculpas, nem mais um porém

Nem tudo é o que parece ser
É bom se enganar para aprender
O certo do errado vai aparecer
Cada um terá sempre o que merecer

Fernando Christófaro Salgado.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Como tudo termina…

Existe uma coisa muito engraçada. A gente sempre acha que encontrou o amor de nossas vidas. Uma coisa inexplicável. Que nunca vai acabar...
Como é bom amar! Sentir que todas as suas expectativas estão sendo satisfeitas, que você encontrou a pessoa que sempre sonhou e que com ela todos os desafios serão superados.
É difícil exceder as expectativas. Sempre esperam muito de nós, mas conhecer uma pessoa por completo é complicado e, principalmente, demorado.
Até chega a ser uma coisa triste de não se querer. Uma paixão inexplicável de se deixar pra trás, mas seguir em frente é necessário. O coração dilacerado sempre se cura da mais dura dor. Blinda-se contra o retrocesso e, de sobreaviso, se policia.
Como seria bom se acertássemos da primeira vez! Se conectados pela plenitude de nossos sentimentos, pudéssemos deixar claro nossas intenções. Se por um simples olhar sincero e pelas palavras de coração, pudéssemos asseverar tudo o que temos de melhor a oferecer.
Talvez tudo isso não bastasse. E geralmente não basta! Declarações sinceras geralmente não são suficientes para suplantar a necessidade de se estar por cima.
Não estamos acostumados a perder e tudo o que vislumbramos é estar em uma posição privilegiada. É representar o que há de diferente e melhor. Defeitos nem atrasos são tolerados. Tudo segue a risca a cartilha que dita que o erro é totalmente condenável e que o perdão é coisa para os fracos de espírito e atitude.
O mesmo fogo fraco que se esvai do lado esquerdo do peito e que pensávamos ser como brasa incandescente e sem fim, está pronto para se reacender.
Não descartemos a chance de arder novamente por um mesmo amor, porém novos ciclos têm que surgir e o tempo não pára para nos expressarmos e sermos entendidos de imediato.
Posso afirmar que não sei como tudo termina, é melhor deixar nas mãos de Deus e Nele confiar todo o futuro. O caminho que devemos querer e seguir é sempre o do bem, e da retidão de caráter. Não há por que temer!
Nosso papel é aguardar ansiosamente pelo momento de contribuir com o que pudermos para que as pessoas que estão em nossa volta se tornem mais capazes de realizar mudanças em suas vidas e nas de todos os seus entes queridos.
Ainda não sei se um amor verdadeiro termina. Acho que ele apenas descansa e, como num vulcão há muito tempo adormecido, ele acaba por entrar novamente em atividade, demonstrando toda a sua força de ação.
Gosto de pensar que tudo termina como começou. Com escolhas acertadas e outras vezes não, mas com toda a certeza de que somos responsáveis por todas as mudanças positivas ou negativas que viermos a fazer em nossas vidas.

Fernando Christófaro Salgado.