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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Viver ou apenas existir

É engraçado como as coisas vêm e vão. Como tudo pode ser visto de diferentes ângulos. Como variam nossos sentimentos, estados de alegria que se alternam com tristezas. Seria incorreto dizer que o fato de vivermos, compartilharmos experiências, fazermos parte da vida dos outros e termos importância genuína no contexto em que estamos inseridos, muitas vezes dá lugar ao fato de somente existirmos?
Numa reflexão podemos pensar: qual é a significância que temos para os outros? Se sumíssemos, desaparecêssemos da face da Terra, quem sentiria a nossa falta? Quem iria a nossa procura? A rotina que compartilhamos com outros seria a mesma sem nossa presença?
As respostas para estas perguntas são simples, para algumas pessoas vivemos, somos importantes, se sofrermos ou ficarmos mal, elas sofrem também, se preocupam. A nossa ausência é sempre sentida e lamentada. Para outras, no entanto, simplesmente existimos. Se de uma hora para deixarmos de existir não iremos deixar marcas, saudades ou lembranças.
Neste último caso somos vistos como a página de um jornal do dia anterior, irrelevantes e, portanto, descartáveis. É como receber a notícia de que faleceu uma pessoa que apenas conhecemos de vista e não temos contato. Por não fazer parte de nosso convívio, reservamos pouca importância para o assunto.
Em meio a tudo isto, uma coisa é fato. Tanto a quantidade de pessoas que entendem que apenas existimos quanto à de pessoas que valorizam nosso convívio são proporcionais à quantidade e, principalmente, à qualidade das relações que possuímos.
Será que estamos vivendo mais ou só existindo pelos caminhos que trilhamos? Cabe a cada um fazer sua própria avaliação.


Fernando Christófaro Salgado.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Nada é por acaso

Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que se enganam aqueles que acreditam que as coisas mais marcantes em nossas vidas acontecem por acaso. Estes eventos são como marcos, que ocorrem com a devida conveniência, para alterar nossa rotina e para nos fazer pensar na maneira como estamos encarando a vida e em que sentido podemos melhorar.
Muitas vezes ignoramos os avisos que o destino se encarrega de nos dar, relevamos os fatos e permanecemos cegos diante das oportunidades de agirmos de maneira diferente.
Existem escolhas que ultrapassam nossa vontade individual, como conseguir um emprego onde a qualificação dos candidatos é a mesma que a sua ou até mesmo superior, ou manter um relacionamento saudável por um longo período de tempo.
Acredito que uma conjuntura de fatores e necessidades mútuas são responsáveis por nos encaixar nas engrenagens do mundo. Nascemos e crescemos com ou sem família devido a um motivo, estudamos, criamos amizades e percebemos afinidades por outros motivos, trabalhamos em um determinado local onde existem pessoas que, de um jeito ou de outro, estão ali para que possamos com elas aprender não só como desempenhar funções, mas também a conviver de forma harmônica, crescendo pessoal e profissionalmente.
É certo que para alguns o caminho é mais árduo que para outros, ainda assim, isto não é por acaso. Caminhar a duras penas é um fardo difícil de ser carregado, mas não impossível. Por vezes parece que tudo conspira contra nós, mas, repito, apenas parece.
Voltando a falar de escolhas, por termos o livre arbítrio, somos nós mesmos que definimos aquilo que queremos, com base em nossa própria experiência ou concordando com as sugestões dos outros. Nem sempre fazemos as escolhas certas e nem sempre o que escolhemos se mantém correto por tempo indefinido. As pessoas mudam e é natural que, com o tempo, mudem também suas prioridades.
Quando tudo parece dar errado não foram nossas escolhas que foram, de todo, erradas. A força do destino simplesmente não quis que estivéssemos inseridos em um contexto onde o aprendizado seria menor, onde os desafios talvez fossem desnecessários ou onde não estivessem pessoas que deveriam, em algum momento, passar por nossas vidas e deixar suas marcas.


Fernando Christófaro Salgado.