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domingo, 23 de setembro de 2012

Recomeçar

Sair novamente da estaca zero, dar mais um “primeiro passo”, seguir em frente e olhar pra trás só de soslaio. Não é fácil recomeçar, mas é necessário. É redundante dizer que para recomeçar é preciso que algo tenha chegado ao fim, e se terminou houve circunstâncias que levaram, irremediavelmente, a este resultado. Com um vazio instaurado no peito, as lacunas que surgem parecem se destacar na presença de muitas pessoas. São sorrisos, abraços e carinhos, beijos e brilho nos olhos, a cumplicidade compartilhada agora virou passado, passa longe da realidade momentânea. Não chega a ser inveja, o sentimento é muito mais de isolamento, uma solidão que parece se perpetuar mesmo na companhia de quem realmente nos quer bem. Com isto, nos vemos num tempo de reflexão sobre o que foi e sobre o que será de nossa vida, o que o destino nos reserva, quantas portas, infelizmente, se fecharam e quantas se abrirão, pensamos num futuro sem erros, pelo menos sem os mesmos erros já cometidos, nos prontificamos a tentar fazer diferente e melhor, a tentar ser uma pessoa melhor, deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilo, se sentir bem e transmitir boas vibrações para todos, ter Deus como guia supremo e a fé necessária para não desistir nunca, pois Ele sempre nos dará outra chance. Fernando Christófaro Salgado.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A chama e vela

E quando, mais uma vez, a chama se consome por completo? Infelizmente não depende só de nós que ela se mantenha acesa, forte e brilhante por um longo período de tempo ou, quiçá, por toda a vida. Ela pode se apagar a qualquer instante se não for bem protegida e alimentada. Precisamos pensar que, pode ser que a chama tenha se apagado, mas a vela ainda não chegou ao fim. Para derreter completamente ela demora bastante tempo. E o tempo que ela demora a reacender é o tempo que temos para aprender, refletir, pensar nos erros e acertos que tivemos. Na estrada da vida alguns tem a felicidade de acender sua vela da paixão por apenas uma vez, construindo, conjuntamente, bases fortes para que sejam mantidos estáveis e inalterados os sentimentos que comungam. Entretanto, o mais comum nos dias de hoje é que as paixões sejam efêmeras. De certa forma, é meio frustrante quando vemos a chama se apagar. Em um momento se tinha a luz, que trazia também o calor para os nossos corações e, de repente, reina a escuridão e a fumaça escura que transmite, por si só, o sentimento de perda, de poluição daquilo que um dia foi belo. Quando a chama se apaga ocorre uma ruptura, uma cicatriz se forma, uma ferida se abre, mas uma história não pode ser esquecida, deletada da memória. O que vivemos faz parte de nós, do nosso aprendizado contínuo, tenha sido bom ou ruim. O bom mesmo seria se pudéssemos todos acender nossas velas apenas uma vez, mas, infelizmente, não é esta a sorte de todos... Fernando Christófaro Salgado.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tudo de novo

Uma das piores sensações do mundo é sentir que você falhou. Não cometeu um errinho bobo e inconseqüente, falhou feio meeesmo. Como consolação sempre vem um ou outro metido a sabido e diz que isto faz parte da vida, que é assim mesmo, é errando que se aprende. Se falhar com os outros é ruim falhar consigo mesmo é pior ainda, principalmente quando você não tem muito claro em sua mente o ponto de partida que desencadeou o descarrilamento dos seus planos futuros. No filme Contra o Tempo, o personagem de Jake Gyllenhaal é encarregado de voltar no tempo e tentar impedir a explosão de um trem de passageiros nos arredores de Chicago. Ele tem a oportunidade de fazer tudo de novo, partindo sempre do mesmo ponto, com as mesmas pessoas no trem, até descobrir o que estava passando despercebido e avançar rumo a solução pretendida. Como seria bom se também tivéssemos esta oportunidade, voltar ao passado sempre que precisássemos e alterar algo que não deu certo em nossas vidas, até tudo ficar nos eixos, da maneira como sempre sonhamos. Felizmente, nem tão metidos são os sabidos, eles têm razão quando tentam nos acalentar. Vivemos situações desagradáveis recorrentemente, pois demoramos a aprender, demoramos a mudar, temos resistência em aceitar as pessoas como elas são e a audácia de tentar moldá-las de acordo com a nossa vontade ou com o nosso entendimento do que é certo ou errado. É difícil dormir com o gosto amargo da derrota e com o sentimento de incapacidade, de impotência diante do desmoronamento das nossas bases, mas a reconstrução é sempre necessária e nosso futuro, de falhas ou acertos, depende, primordialmente, de nós mesmos. Fernando Christófaro Salgado.