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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apagão criativo


Sei que estou muito, muito longe de ser um exímio escritor, que acentua e pontua corretamente todas as palavras, frases e orações, ou ainda, que segue todas as convenções gramaticais, principalmente após as mudanças, mais ou menos recentes, sofridas por nossa - já bastante complexa - língua portuguesa.
Apesar de não exercer a profissão de escritor, tenho grande apreço pela produção de textos que possam externar meus pensamentos correntes. Não que não tenha pensando em nada nos últimos tempos (muito pelo contrário), mas temo ter sido acometido por um mal conhecido pelos grandes escritores (e artistas em geral), que passam longos períodos sem produzir nada de novo, o “apagão criativo”.
Por vezes minto para mim mesmo e para outros dizendo que é por falta de tempo que não escrevo mais com tanta freqüência, como antigamente. Tempo a gente sempre arruma quando realmente quer, quando tem vontade de fazer, como agora, que estou escrevendo às 01:00h e vou acordar às 06:00h para trabalhar.
Mas o problema não é o tempo. Confesso que me falta outra coisa para que eu possa me sentir a vontade para colocar no papel aquilo que se passa em minha cabeça, é como se as idéias não fluíssem direito, como se algo estivesse travando minha capacidade de expressão.
De fato, não sei explicar o que é. Talvez seja normal que haja um esgotamento criativo quando nos propomos a expor continuamente pareceres sobre nossa vida e suas implicações. Talvez esteja me faltando conteúdo para escrever e embasar meus posicionamentos ou, simplesmente, talvez tenha perdido aquela vontade incessante de produzir.
Enfim, um pouco de tudo isto pode ser verdade...


Fernando Christófaro Salgado.