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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Qual é o seu Deus?


Há alguns dias recebi a visita da Padma Shanti, do blog Luz da Alma. No caminho do aprendizado e na busca por informação e conhecimento, retribui a visita e gostei bastante dos conteúdos postados por ela.
Tomei a liberdade de lá pegar emprestada a figura acima, com o objetivo de ilustrar este texto. No blog, ela descreveu a figura com o título “Deus é um só”, e esta frase despertou minha atenção e me trouxe algumas reflexões que me proponho agora a compartilhar com vocês.
Vivemos em um país abençoado onde, pelo menos, conflitos religiosos não acontecem. Por mais que exista certa rixa entre os membros de diferentes congregações, todos convivem bem e se relacionam no dia a dia sem maiores implicações.
Em minhas andanças pela região da Grande Belo Horizonte, tenho identificado diversas igrejas, templos religiosos, centros espíritas, dentre outros locais que se dispõe a fornecer algum tipo de auxílio espiritual, com uma variedade enorme de nomes e adeptas de diferentes correntes de pensamento. Acredito que se fossem catalogar todos os nomes destes locais seria necessário um livro maior do que a Bíblia.
Muitos dizem que sobre futebol, política e religião não se discute. Discordo deste ponto de vista. Se admitirmos uma postura imparcial e nunca nos colocarmos como donos da verdade absoluta, podemos sim manter um nível civilizado de discussão sobre qualquer assunto que seja.
Antes de tudo, quando a pauta do assunto girar em torno de temas polêmicos, devemos nos lembrar de que é necessária a demonstração de respeito sobre a opinião dos outros. Aí que pode surgir a pergunta: “Qual é o seu Deus?”. A melhor resposta para mim é a que me motivou a redigir este texto: “Deus é um só”.
Todos são livres para crer no Deus que quiserem, seja ele representado por Cristo, Buda, Shiva, Moisés, Maomé, Zeus ou pelo Sol. Acredito num Deus soberanamente justo e bom, que não distingue raça, cor ou religião. Que está presente em cada respiração que damos e que nos fornece tudo o que precisamos para evoluirmos enquanto pessoas. Só nos basta ter força de vontade para nos desenvolvermos.
É preciso entender que Deus não privilegia ninguém, nenhum povo ou raça. Todos que nascem, nesta vida, têm seu papel relevante durante a estada na Terra. Cabe a cada um trabalhar para seu crescimento moral e espiritual e não concorre a mais ninguém senão a si mesmo os avanços que conseguir conquistar.
Não existe Deus melhor ou pior, local de práticas religiosas melhor ou pior, cada um é adequado às carências espirituais de seus freqüentadores, cada um tem sua maneira de transmitir palavras que objetivam conforto, tranqüilidade e esperança.
Por mais que existam locais onde o objetivo é “confiscar” parte do mísero salário que ganham os fiéis, ainda assim, nestes locais, se prega a palavra de Deus e as pessoas que ali freqüentam estão ali em busca de algo que lhes falta, seja uma palavra consoladora ou um caminho para a retidão do caráter.
Podemos sempre discordar, mas devemos, sempre que possível, esclarecer e explicar nosso ponto de vista com paciência, aceitando o que outros acreditam sem nunca tentar mudar o que eles pensam.
Se pensarmos que Deus é tudo e que ele está em nós, dentro de nós, em cada pensamento, perceberemos que ainda engatinhamos e como seres que ainda têm muito a aprender precisamos errar, errar e errar, sofrer, ficarmos doentes, para sentirmos na pele o quanto parecemos frágeis e, através de cada experiência negativa nos revigorarmos, começando novamente e trilhando novos caminhos, caminhos estes que levem a uma felicidade cada vez mais constante e verdadeira, cada vez mais longe dos vícios e imperfeições morais e físicas que ainda possamos ter.
Independente do Deus em que você acreditar, ou mesmo se não crer em nenhum, saiba que praticando o bem, a caridade e o amor a si mesmo e ao próximo você estará sempre direcionando para si mesmo e para os outros, o que todos esperam de um Deus.

Fernando Christófaro Salgado.

Um comentário:

  1. Fernando.
    Famos de Deus, pensamos N'Ele, sentimos Ele. E ainda assim temos dificuldade de segui-LO.
    Somos, sim, teóricos mais que práticos pois para sermos de Deus, não na sua essência que já somos, podemos assim dizer, mas no contexto de sermos filhos, é movimentando o Amor, que somos. A questão é se sabemos e acreditamos nisso.
    Explicaste muito bem sobre as diferenças, as tendências e sempre, o que é muito importante, com pleno respeito às opiniões de cada um, mas creio que a principal questão que você levantou é se estamos seguindo-o pela religião ou pela religiosidade. Todas as religiões são boas porque todas nos levam ao Pai. A diferença está em cada um de nós e o que estamos fazendo para irmos ao Pai, não é mesmo?
    No remate final colocaste muito bem o que o homem deve fazer se quiser ser feliz e Jesus já tinha dito "vós sois deuses".
    Somos deuses; então que deixemos nosso coração brilhar e se não podemos mudar o mundo, podemos mudar a nós mesmos.

    Um forte abraço, meu amigo
    Jorge

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