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terça-feira, 18 de setembro de 2012

A chama e vela

E quando, mais uma vez, a chama se consome por completo? Infelizmente não depende só de nós que ela se mantenha acesa, forte e brilhante por um longo período de tempo ou, quiçá, por toda a vida. Ela pode se apagar a qualquer instante se não for bem protegida e alimentada. Precisamos pensar que, pode ser que a chama tenha se apagado, mas a vela ainda não chegou ao fim. Para derreter completamente ela demora bastante tempo. E o tempo que ela demora a reacender é o tempo que temos para aprender, refletir, pensar nos erros e acertos que tivemos. Na estrada da vida alguns tem a felicidade de acender sua vela da paixão por apenas uma vez, construindo, conjuntamente, bases fortes para que sejam mantidos estáveis e inalterados os sentimentos que comungam. Entretanto, o mais comum nos dias de hoje é que as paixões sejam efêmeras. De certa forma, é meio frustrante quando vemos a chama se apagar. Em um momento se tinha a luz, que trazia também o calor para os nossos corações e, de repente, reina a escuridão e a fumaça escura que transmite, por si só, o sentimento de perda, de poluição daquilo que um dia foi belo. Quando a chama se apaga ocorre uma ruptura, uma cicatriz se forma, uma ferida se abre, mas uma história não pode ser esquecida, deletada da memória. O que vivemos faz parte de nós, do nosso aprendizado contínuo, tenha sido bom ou ruim. O bom mesmo seria se pudéssemos todos acender nossas velas apenas uma vez, mas, infelizmente, não é esta a sorte de todos... Fernando Christófaro Salgado.

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