Quantas peças me formam?
Quantas hão de me completar?
Que figura serei?
O que há de surgir?
O encaixe perfeito já existiu
Mas o vento não foi amigo
Levou bem pra longe consigo
Pedaços que hoje me faltam
Juntar tudo não é fácil
De vez em quando recebo
Mas com certo desapego
Logo vejo que falta algo
Se pudesse soldar cada junção
Deixar colado em mim cada parte
De quebra cabeças virar gravura
Ser um todo que não se mistura
Quero apenas as peças corretas
Não mais tentem me enganar
Gostaria que todas encaixassem
Mas estaria me enganando também
Por que insistem em se desprender?
Está mesmo tudo como deveria ser?
Para o todo completar deixe
Simplesmente como deveria estar
Tão bela seria a figura que forma
Como ser tão difícil de conformar?
A cabeça que fica já está quebrada
Não tenho desculpas pra continuar...
Fernando Christófaro Salgado.
domingo, 4 de outubro de 2009
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demais este poema.
ResponderExcluireu acho que está tudo como deveria ser, mesmo que existam dias em que parece que nada se encaixe...
beijos
Fernando
ResponderExcluirFico meia baralhada com essa história dos selos!
Para mim, selo, ainda é o que se vai comprar aos Correios ou o carimbo com que se selam tratados ou amizades.
Agradeço, mas prefiro vir aqui e ler as suas palavras
Um abraço
Manuela Baptista
Adorei o poema.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.