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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quem serei?

Não que eu esteja tendo uma crise de identidade ou que possa vir a ter uma, mas, de vez em quando, me indago quem sou eu e quem serei eu daqui a alguns anos. É certo que nossa personalidade começa a se formar a partir do nosso nascimento, e que o desenvolvimento dela é influenciado por diversas questões sociais, ambientais e emocionais, que se apresentam durante todo o contexto de nossas vidas.
Nos dias atuais, a todo o instante somos bombardeados com inúmeras informações. Tudo é muito dinâmico e a mudança e adaptação constantes se fazem necessárias para que não nos percamos em meio a tantos desafios que nos são impostos. Passamos por situações inusitadas que nos fazem refletir bastante e que são capazes de alterar nossa forma de ver o mundo e de lidar com a vida.
Hoje me veio à lembrança um dia em que passei de táxi ao lado de um viaduto, próximo da rodoviária de Belo Horizonte. Retornava de uma viagem de lazer. Era um dia bastante frio e vi, encostado num canto escuro, um senhor todo sujo e encolhido. Tremia e juntava seus trapos sobre si. Para uma grande cidade esta pode ser (infelizmente) uma cena considerada comum. Mas naquele dia aconteceu algo diferente.
Nos poucos instantes em que fiquei parado no trânsito, pude observar uma cena que me trouxe grande satisfação e que fez com que eu escrevesse este texto. Foi o tempo exato para eu presenciar um ato de caridade e amor ao próximo. Como dois anjos vindos para sanar as aflições do mendigo maltrapilho, surgiram das ruas desertas um homem e uma mulher com cobertores, uma garrafa de café e um saco de pães.
Não conversaram por muito tempo com o pobre homem, mas estavam ali, já tarde da noite, empenhados em oferecer auxílio a um desconhecido necessitado. Naquele momento me perguntei qual seria o motivo de eu não fazer algo semelhante.
Sei que hoje não sou quem gostaria de ser. Não chamo para mim a responsabilidade de mudar e melhorar a vida de outras pessoas. Poucas pessoas o fazem com o carinho e o empenho necessários, mas ainda há tempo.
Se hoje eu não me reconheço como sendo o eu que gostaria de ser, acredito que já estou caminhando no sentido de alterar esta situação. Meu objetivo é ser alguém melhor a cada dia, ser mais tolerante e tranqüilo, reclamar menos e fazer mais, aprender mais e compartilhar mais o que eu puder compartilhar.
Como diz a música de Humberto Gessinger, do Engenheiros do Hawaii, “Somos quem podemos ser”. Para podermos ser melhores temos primeiramente de nos conhecer bem e depois temos de estabelecer objetivos a serem alçados.
Serei uma pessoa melhor assim que tiver cumprido com todos os meus objetivos e tiver atingido a mais elevada moral, voltando meus olhos muito mais para os outros do que para mim mesmo.

Fernando Christófaro Salgado.

2 comentários:

  1. Bom dia!!!

    Acredito, meu amigo, que somos o momento que vivemos. Devemos buscar sermos melhores para conosco mesmo para sermos melhores com nosso próximo. Crer que está a caminho de ser melhor já é metade do caminho. A outra parte é se sentir feliz consigo mesmo porque, como diz Jesus, "amar ao próximo como a nós mesmos" significa que devemos nos amar para amar o próximo.
    meu amigo, desculpe estender o meu comentário, mas é que me sinto à vontade aqui no teu blog.

    Um grande abraço,
    Jorge

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  2. Ola Fernando,

    vim agradecer sua visita e dei de cara com esse belo texto.
    A gente pode fazer o mundo melhor com um gesto de cada vez, porque quando nossa essencia é o bem e fazemos o bem, nos encontramos na alegria de compartilhar. Isso é muito bom.
    Volto para te ler. abraços!

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