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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sentando no divã

Bom, estive pensando um pouco sobre as formas com quem podemos ser ajudados quando realmente precisamos. Começar um texto já concluindo alguma coisa não é muito habitual, mas irei apresentar minha conclusão já no início. Existem, sim, diversas formas de sermos ajudados, porém, para tanto, é preciso que se busque ajuda e que se queira ser ajudado.
A complexidade da mente humana e a diversidade de personalidades e comportamentos que temos nos tornam únicos. Somos todos diferentes e temos problemas e maneiras diferentes de agir frente às situações cotidianas. Uns são mais tímidos, outros mais extrovertidos, uns mais desconfiados, outros mais receptivos, uns mais instruídos, outros menos, mas não há ser humano que consiga viver por um longo período de tempo sem contato algum com outras pessoas. Uma hora ou outra sempre precisamos de alguém, por maior que seja a condição de isolamento que se possa impor.
Ainda não consigo entender o motivo de alguém guardar para si uma situação aflitiva, de não compartilhar com um amigo ou familiar um problema que esteja lhe tirando o sono. Se não expusermos o que estamos sentindo, o que estamos pensando, procurando auxílio para superarmos os obstáculos, nós iremos enxergar as montanhas a nossa frente cada vez mais íngremes e difíceis de serem escaladas.
Quando falo de auxílio, falo não apenas de uma conversa com uma pessoa mais íntima, mas também da procura de soluções diversificadas que possam contribuir para sanar qualquer tipo de inquietude, doença ou chateação.
Muitas vezes ocorre que as pessoas não percebem ou não admitem que precisem de ajuda. Postergando a decisão de ir à busca de soluções, vão acumulando energias negativas que acabam se tornando uma bola de neve. Apenas quando o estado mental se torna insuportável é que tomam uma atitude.
Problemas existem para serem resolvidos. Como disse, temos várias formas de fazer isso. Infelizmente, em nossa sociedade ainda existe certo preconceito em relação às pessoas que fazem sessões de terapia com psicólogos e psiquiatras. Acredito que seria o caso da classe destes profissionais realizarem uma campanha de marketing expondo os benefícios do tratamento através de terapia de problemas afetivos, psicológicos, ou de qualquer ordem que estejam a incomodar uma pessoa, mas isto é papo para outro texto.
Em algumas ocasiões pessoas que fazem terapia são taxadas de loucas e problemáticas por indivíduos mal informados e se sentem inibidas de buscar a ajuda de especialistas. Dão mais valor à opinião alheia do que a própria tranqüilidade e saúde mental. Sentar no divã não é admitir loucura ou insanidade, é, sim, a maneira mais consciente e acertada de obter orientações para a melhoria da própria qualidade de vida.
Diante de qualquer tipo de problema, seja ele físico ou mental, o importante é considerarmos todas as possibilidades que possam resolvê-lo da maneira mais rápida e melhor possível, lembrando sempre que, a princípio, não importa o que os outros pensem, estar bem consigo, com a auto-estima elevada, é o primeiro passo para que se possa analisar com clareza os motivos que vierem a abalar sua estrutura.

Fernando Christófaro Salgado.

Um comentário:

  1. Fernando,
    Tem um selo te esperando no meu blog.
    Chama-se "Prêmio Dardos".
    Quando puder passe lá, tábom?

    Um grande abraço,
    Jorge

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