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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Deletando da memória

Toda limpeza pressupõe, primeiramente, a higienização de algum lugar, mas podemos dizer também que ela é um grande fator contribuinte para a organização do nosso ambiente de trabalho e das nossas atividades cotidianas.
Há quem não se preocupe em acumular papéis e coisas que não têm mais utilidade, em deixar a poeira acumular por semanas, em fazer de uma bagunça um mundo a parte, onde só quem administra a confusão sabe onde encontrar algo.
Assim como os lugares que freqüentamos e vivemos devem ser limpos e organizados com freqüência, também devemos fazer uma faxina constante em nossos pensamentos, apagando de nossa memória tudo o que puder ser comparado ao lixo que estamos acostumados a descartar.
É comum deletarmos da memória de nossos computadores arquivos que não estão sendo mais utilizados. Caso deixemos acumular estes arquivos, o desempenho da máquina, com o tempo, passa a ficar comprometido.
Da mesma forma funciona nossa mente. Com uma complexidade extremamente superior a de qualquer máquina inventada pelo homem, nossa mente não deixa de estar vulnerável ao acúmulo de informações e pensamentos que podem e devem ser descartados todos os dias.
A tarefa é simples, sempre à noite, logo que deitar na cama para dormir, faça um exame de consciência e reflita sobre como foi o seu dia. Pense nas palavras que disse e nas que ouviu. Pense nas palavras que leu e escreveu. Pense nas atitudes que teve diante das pessoas com quem se relacionou.
Com toda a certeza haverá alguma falha a ser corrigida, algo que você fez e não gostaria de ter feito ou disse e não gostaria de ter dito. Somos todos seres humanos, sujeitos a erros e acertos, mas, logicamente, sempre em busca de melhorias. Não há um ser humano em sã consciência que pretenda piorar suas condições de vida.
O exercício diário de apagar da memória palavras ou atitudes negativas, que possam ter constrangido ou desmotivado outras pessoas, como desgraça, problema, desistir, palavrões e todo o tipo de xingamentos, eliminando pouco a pouco o péssimo hábito de transmitir aos outros, o que não gostaríamos de receber, já é um belo começo.
Não sei se é disseminado em todo o país, mas existem em Belo Horizonte dois jornais impressos que têm o custo de apenas R$0,25 e que são vendidos como água.Porém, costuma-se dizer que se torcermos estes jornais é sangue que irá escorrer.
O que motiva tantas pessoas a comprarem informações que não transmitem nenhum valor ou ensinamento? Será que existe alguém que se satisfaz ao ler logo pela manhã que um filho matou o pai em certo bairro, ou que houve uma chacina com 7 mortos em outro?
Quando deixamos o lixo mental nos dominar, ele começa a virar uma bola de neve que vai se acumulando cada vez mais, tornando nossos dias mais estressantes e tristes, visto que ele começa a ocupar áreas de nosso cérebro que deveriam estar livres para trabalhar em nosso favor, aumentando nosso desempenho.
Não somos como os computadores, mas bem melhor do que eles, podemos sim deletar o que não possui valor algum de nossas mentes e melhorar cada dia um pouco mais!

Fernando Christófaro Salgado.

3 comentários:

  1. Adorei seu blog, estou numa fase inqueita de confronto comigo mesma, buscando novas respostas para antigas questões. Passo a te seguir a partir de hoje, parabéns pelo blog, abraços

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  2. Amigo Fernando,

    Tem um selo prá vocês no meu blog.
    Passa lá, tá bom?

    Um grande abraço

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  3. Penso assim, meu amigo,

    as coisas ruins só acontecem com os outros....até que...
    Mudar o pensamento significa mudar o sentimento. E isso é um processo lento pois há quanto tempo cultivamos sentimentos negativos, não é mesmo?
    E mudar isso e ser completo, é necessário mudar significativamente a nossas energias vibratórias, que estão ainda no mais que imperfeito. Disso até se tornar 'reflexo incondicionado' , a distância e o tempo, se são longas, depende também do nosso esforço.
    O que acho bárbaro, é que vôce nos incentiva a pensar bem, a buscar limpar a nossa memória das coisas negativas.
    Lendo este texto excelente, muito me faz refletir quanto ao lixo mental que ainda carrego e alimento. Li e enquanto escrevo, já estou aqui me esforçando em mante-lo limpo.

    Fernando, obrigado por mais este texto!!!

    Um grande abraço

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