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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um exemplo e um retrocesso

Antes de começar a desenrolar o assunto que vou tratar neste texto quero fazer uma autocrítica. Acredito ser um exercício que todos devemos fazer, não apenas de vez em quando, mas de vez em sempre, por assim dizer.
Escrevo todos os meus textos pelo prazer de expor e compartilhar meus pensamentos, falando sobre a vida e sobre como as coisas acontecem no decorrer dela.
Como já disse em outras ocasiões, não tenho a pretensão de ser o dono da verdade, apenas procuro mostrar minha visão e sou completamente aberto a críticas, sejam elas construtivas ou não, afinal, são elas que auxiliam em nosso crescimento.
Em todo o trabalho que fazemos, dentro de tudo aquilo que produzimos, existem sempre aqueles que achamos que ficou melhor do que os outros. É natural. Há dias em que estamos mais inspirados, com as idéias fluindo facilmente e sentimos uma grande satisfação de terminar um projeto da maneira que desejamos.
Sempre gostei de escrever e, modestamente, não acho que escreva mal, mas tenho ciência de que muitos dos meus textos são daquele tipo em que as pessoas pensam: “Não acredito que estou perdendo meu tempo lendo isto!”.
Acredito que todo o começo tem que ter um fim, desta forma não é do meu feitio deixar as coisas pela metade. Começo a produzir um texto primeiro pensando no título (nunca o altero depois de definido), depois sigo com a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Para não perder a linha de pensamento começo e não paro até concluir, nem que vire uma noite inteira.
Agora sim vamos retornar ao tema que me motivou a escrever hoje.
Estive visitando a cidade de Natal – RN e voltei realmente espantado com a cordialidade do povo potiguar. A palavra não é outra, quando não estamos acostumados com alguma coisa nos espantamos, porém de uma forma positiva, com admiração.
A educação das pessoas desta grande cidade, com avenidas largas e um enorme fluxo de turistas é coisa de outro mundo. Quando se coloca o pé na rua para atravessar, os motoristas, mesmo nas vias onde a velocidade máxima é de 70 km/h, desaceleram e lhe concedem a passagem. Quando se pede uma informação, a boa vontade é expressa por todo e qualquer nativo que a concede com grande precisão e um belo sorriso no rosto.
As pessoas não perdem nada, pelo contrário, só tem a ganhar com a educação e a cordialidade. Registro meus parabéns pelo exemplo de receptividade que tive nesta cidade e recomendo a todos que tiverem a oportunidade que visitem as belíssimas praias e as outras atrações da região.
Em contraponto, muito me entristece ver que em vez de exemplo a minha cidade natal, Belo Horizonte, apresenta um retrocesso. A cada dia os motoristas parecem mais estressados, não respeitam pedestres, não respeitam os sinais de trânsito, não respeitam ninguém.
Quando se pede alguma informação, a má vontade, a falta de paciência e a própria falta de informação sobre o que a cidade oferece de lazer deixa bastante a desejar. Certo que Belo Horizonte não é como Natal, que baseia sua economia no turismo, mas nem por isto devemos deixar de estar prontos para receber visitantes e fornecer a eles a educação que recebemos quando estamos visitando-os.
Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil se aproximando todos nós brasileiros temos que nos espelhar no que há de melhor em nosso país. Educação, cordialidade e receptividade são pré-requisitos obrigatórios em qualquer lugar que mundo.
Se não começarmos a oferecer isto aos nossos próprios vizinhos perderemos a oportunidade de termos novas visitas no futuro.


Fernando Christófaro Salgado.

3 comentários:

  1. Olá

    Muito bom estes texto, inclusive porque ninguém é dono da verdade mesmo. Mas, precisamos fazer reflexões sobre algumas coisas. E o trânsitro é uma delas para se refazer. A educação do trânsito, a educação no lidar com turistas. Tudo isso tem sua valia, principalmente em cidades turísticas.
    Agora BH não é tão ruim assim nãso, hahahah. Eu como turista vejo diferente de você. Bem, fica aí minha contribuição.
    Abraços

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  2. Fernando, muito obrigada pelas palavras e por me dar a honra de ser acompanhada por você. Seu blog também me causou interesse... Li o seu perfil que indica que este blog possui o intuito de compartilhar, do meu ponto de vista, dividir coisas belas e importantes com os visitantes.

    Seja muito bem-vindo! E muito obrigada pelos elogios! Ainda não tive tempo para passear pelo seu espaço, mas voltarei para conhecê-lo melhor.

    Abraço!!

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  3. Olá Fernando!

    Sempre é um grande prazer ler teus posts, moço. E não creio que haja muitos (como você disse) que pense ser perda de tempo vir aqui, se deixar envolver pela forma intensa e verdadeira com que tu escreve. Disso discordo.:)

    Mas sobre a hospitalidade do povo potiguar, assino em baixo. Os nordestinos, em geral, são muito receptivos. Morei anos por lá e sempre me encantava com isso.
    Exemplo prá ser copiado, por todos nós.

    Um abraço carinhoso e fica em paz.

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