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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tudo de novo

Uma das piores sensações do mundo é sentir que você falhou. Não cometeu um errinho bobo e inconseqüente, falhou feio meeesmo. Como consolação sempre vem um ou outro metido a sabido e diz que isto faz parte da vida, que é assim mesmo, é errando que se aprende. Se falhar com os outros é ruim falhar consigo mesmo é pior ainda, principalmente quando você não tem muito claro em sua mente o ponto de partida que desencadeou o descarrilamento dos seus planos futuros. No filme Contra o Tempo, o personagem de Jake Gyllenhaal é encarregado de voltar no tempo e tentar impedir a explosão de um trem de passageiros nos arredores de Chicago. Ele tem a oportunidade de fazer tudo de novo, partindo sempre do mesmo ponto, com as mesmas pessoas no trem, até descobrir o que estava passando despercebido e avançar rumo a solução pretendida. Como seria bom se também tivéssemos esta oportunidade, voltar ao passado sempre que precisássemos e alterar algo que não deu certo em nossas vidas, até tudo ficar nos eixos, da maneira como sempre sonhamos. Felizmente, nem tão metidos são os sabidos, eles têm razão quando tentam nos acalentar. Vivemos situações desagradáveis recorrentemente, pois demoramos a aprender, demoramos a mudar, temos resistência em aceitar as pessoas como elas são e a audácia de tentar moldá-las de acordo com a nossa vontade ou com o nosso entendimento do que é certo ou errado. É difícil dormir com o gosto amargo da derrota e com o sentimento de incapacidade, de impotência diante do desmoronamento das nossas bases, mas a reconstrução é sempre necessária e nosso futuro, de falhas ou acertos, depende, primordialmente, de nós mesmos. Fernando Christófaro Salgado.

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