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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Por onde anda Mister M?

Vou me valer da lembrança que tenho do mágico que se apresentava há algum tempo atrás, revelando os truques impressionantes e secretos de seus colegas no programa dominical da Rede Globo, o Fantástico, para fazer uma analogia.
Existem pessoas que escolhem ser coadjuvantes de sua própria história, e o pior, o fazem escondendo a própria face. Assim como o enigmático Mister M, há quem prefira copiar e expor o segredo dos outros em detrimento de apresentar algo inovador e atrativo.
Em um primeiro momento, o personagem mascarado ganhou fama, pois mostrava como um mágico faz para “enganar” sua platéia, mas suas façanhas foram perdendo a graça, uma vez que, ao desvendar os mistérios que envolvem um truque, ele levava embora a magia e acabava com aquela agradável sensação de surpresa que temos quando nos impressionamos com algo.
Algumas coisas são feitas com propósitos diferenciados, e deve-se convir que muitas delas não agradam a gregos e troianos ou não seguem os padrões éticos que regem uma sociedade ou classe específica.
O mascarado Mister M deflagrou uma guerra com os mágicos sérios e comprometidos ao quebrar o sigilo de tudo aquilo que antes só podia ser passado aos aprendizes e estudiosos da mágica. É como se um médico revelasse em um megafone a doença de seus pacientes, ou um advogado passasse a acusar e prejudicar seu próprio cliente.
Não sei por onde anda Mister M, e tão pouco me importa saber. Ele foi apenas mais um que acabou relegado ao segundo plano, de onde nunca devia ter saído. Representou apenas o que se pode ter de pior: traição, ganância e inveja. Nada de novo construiu e embasou seu breve sucesso na criatividade e na força de vontade de outros, que souberam protagonizar seus números e suas vidas de forma magistral, talvez não tão perto dos holofotes, mas bem próximos daquilo que acreditam ser o correto a se fazer.
Ao tentarmos ser o que não somos ou fazer coisas que ultrapassam os limites morais perdemos nossa credibilidade e enganamos a nós mesmos. É também nessa hora que nos perdemos ou começamos a ser esquecidos.

Fernando Christófaro Salgado.

3 comentários:

  1. Fernando,
    o homem gosta de aparecer. Se não por méritos próprios, buscando rebaixar os outros. São tantas pessoas que vivem se alimentando disso que questionamos se o homem é , de verdade, um ser racional. Porque ponderado, compreensivo, simples, honesto não são.
    Vivem de máscaras. São ainda crianças espirituais que agindo assim, se tornarão adultas pelo sofrimento, consequencia direta da sua infantilidade.

    Meu grande amigo, um forte abraço,
    Jorge

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  2. Oi Fernandinho, descobri seu blog ontem, mas só li este último post hj.
    Inacreditável! Estou passando por uma situação digamos que "Mister M ística"... rsrs
    Como existem pessoas que achamos que conhecemos e nos enganam sem percebermos.
    Só que sustentar um personagem por mto tempo não existe, uma hora a máscara caí e a platéia descobre quem é o palhaço.

    Bjinhos,
    Bia

    Tenho um blog tbm, não tão interessante, mas... visite-o qdo puder.
    Adicionei o seu blog a minha lista de blogs, tudo bem?
    Até breve!

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  3. Uau! Você é forte em suas palavras. Firme, direto e claro. Gosto disso. Gosto de pessoas que se mostram quando escrevem. Sobre o post, bem, como eu gosto de ser sincera também... preciso admitir que nunca havia pensado sobre o assunto a partir desse ponto de vista mostrado por você...

    Na época em que Mister M surgiu, eu era muito mais imatura do que sou hoje... Não vou dizer que eu não ficava feliz em ver os segredos devendados... Eu sempre tive curiosidade de saber sobre tais truques. Então, eu gostava de assisti-lo. Não tenho por que mentir pra você, pricipalmente usando palavras escritas...

    No entanto, você colocou a questão ética na história, o que é extremamente importante...

    Fernando, perdoe-me... Hoje, meu tempo ficou curto, não vou poder fazer tudo que eu gostaria, nem poderei responder a todos na Fênix... Provavelmente só amanhã mesmo. Não gosto de escrever às pressas. Não sou assim e, neste momento, preciso ceder lugar a outros no pc daqui de casa... rsrsrsr

    Só adianto que quero agradecê-lo pelo que falou sobre a amizade... Tenho conhecido pessoas especiais no meu espaço. Achei que ninguém dava valor às mesmas coisas que eu. E hoje vejo que me enganei. (Que bom!)

    O fato é que ainda estou um pouco perdida em mim mesma. Sem saber como agir com as pessoas que vejo, que me conhecem, aquelas com as quais convivo diretamente... Bem, depois volto para continuar o papo.

    Abraço!

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