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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Energia sem limites

A cada dia me surpreendo mais com a capacidade de superação e renovação do ser humano. Existem, de fato, fatores motivacionais que contribuem para que algumas pessoas obtenham êxito naquilo que fazem, mas acredito que o que mais contribui para isto é o fato de gostarem do trabalho que realizam.
Quantas pessoas se prendem em atividades desgastantes, que não requerem todas as suas habilidades, não refletindo todo o seu potencial? Trabalham apenas para ganhar dinheiro e fecham seu campo de visão, se amedrontando diante da possibilidade de experimentar algo novo, atuar em outra área e descobrir novas oportunidades.
Todos temos atividades que gostaríamos de exercer e que se encaixam melhor em nosso perfil. Longe de mim dizer que a mudança é fácil. O mercado de trabalho está a cada dia mais competitivo e exigente, mas no meu ponto de vista ainda emprega mal, ou seja, não faz uma avaliação precisa das características de personalidade dos empregados. As empresas, em sua maioria, não se importam com a qualidade de vida de seus colaboradores e não canalizam o capital humano para áreas onde cada um gostaria e deveria realmente estar.
O fato de se estar empregado e infeliz é visto por muitos como vantagem sobre estar desempregado, afinal, entrar algum dinheiro é melhor do que ficar zerado. Discordo desta posição, e novamente digo que mudar não é fácil, porém nossas escolhas e decisões cabem apenas a cada um de nós. Quantas pessoas vemos no dia a dia trabalhando com a cara emburrada, atendendo-nos mal e até mesmo com grosserias? Será que estas pessoas estão felizes no trabalho? Será que já consideraram uma mudança? Será que gostam do que fazem?
Comecei o texto falando sobre a capacidade do ser humano de se superar. Vou terminá-lo contando a história verídica de um colaborador da empresa em que trabalho. Para não revelar ou expor a identidade dele irei me limitar a chamá-lo de Marcos.
Marcos foi um dos primeiros colaboradores de nossa empresa. Morava em Santa Luzia, cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte-MG. Fazia todos os dias o caminho de 20 Km entre as duas cidades a cavalo, ida e volta eram 40 Km debaixo de chuva ou de um sol escaldante. Homem humilde, era responsável pela limpeza do escritório. Bastante comunicativo, simpático e educado, acompanhou o crescimento da empresa e se interessou por trabalhar na área de vendas. Buscou se capacitar e obteve o apoio dos fundadores para crescer profissionalmente.
Marcos plantou uma semente que viria a colher posteriormente. Visualizou uma oportunidade e foi em busca dela com os poucos, mas eficazes recursos que tinha. Um sorriso sincero, um bom dia dado com firmeza e vontade, um trabalho de qualidade, sempre pontual e disposto a ajudar.
Antes me impressionava como algumas pessoas parecem estar sempre ligadas no 220 V, como se diz. Hoje não mais. Compreendi que estas pessoas possuem uma energia sem limites, e que no final de um dia cheio de trabalho não se encontram estafadas mental e fisicamente. Tenho certeza de que elas colocam a satisfação pessoal acima de tudo e sempre buscam se superar, se impondo novas metas e desafios.
Marcos é um grande exemplo disto, depois de 14 anos de empresa é hoje um dos melhores gerentes comerciais que temos. Claro, abandonou o cavalo. Hoje mora em Belo Horizonte e possui 3 carros e uma moto. Vive feliz com a família, ganha dinheiro e faz o que gosta. Tem coisa melhor?

Fernando Christófaro Salgado

4 comentários:

  1. Olá! Fernando

    Gostei muito do seu blog, textos de muitas reflexões sobre a vida e o nosso comportamento perante ela. Volterei mais vezes com certeza.

    beijos,

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  2. Parabéns, um belo texto, com muita oportunidade para a reflexão, levou-me a pensar e qdo penso, gosto disso, pois se penso, logo, existo. mto bom, saudações

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  3. Caro Fernando,
    Vi que está a seguir o meu blog e vim visitar o seu. A propósito da capacidade de superação e renovação do ser humano e da bonita história que aqui nos deixou eu diria que muitas vezes gastamos energias a pensar que não gostamos do que estamos a fazer. Basta olhar o outro lado das coisas, porque todas as situações têm dois lados, e canalizar a nossa força no sentido positivo.
    Claro que as excepções confirmam as regras e por vezes é mesmo difícil gostar do trabalho que estamos a fazer. Mas eu acredito mais na primeira versão.
    Um abraço,
    Maria Emília

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  4. Um coisa que aprendi é que estamos em algum lugar por alguma razão. Se fazemos algo que não gostamos, se trabalhamos em uma empresa que não nos sentimos bem, é necessário se qustionar se não somos nós que estamos "deslocados". É preciso se perguntar o que temos que aprender e/ou ensinar.
    É comum alguém sair de um emprego porque não gosta do chefe, e quando entra em outro emprego, encontra um mesmo tipo de chefe. Se faz necessário compreendermos o chefe (neste caso), para nós nos modificarmos. Todo o resto é consequência.
    Enfim, estamos em algum lugar com certo algué ou certo trabalho para nosso aperfeiçoamento moral!!

    Desculpe escrever tanto!!!

    Um grande abraço,
    Jorge

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