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terça-feira, 8 de setembro de 2009

A indiferença faz a diferença

“O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença” - Martha Medeiros

Se pudesse definir o quanto somos diferentes e instáveis diria que somos um poço de sentimentos que podem ser conflitantes e mutáveis, que variam de acordo com nossa maturidade e com as circunstâncias em que estamos vivendo. Muitas vezes incontroláveis e involuntários os sentimentos surgem em nossos corações e nele se fixam e se enraízam, para o bem ou para o mal.
Não caberia neste breve texto discorrer sobre a diversidade e intensidade de sentimentos que uma única pessoa pode ter durante a vida, mas sim sobre as experiências e oportunidades que alguns deles podem nos trazer, beneficiando nosso dia a dia e nossas relações com os outros, com o mundo e com a vida em geral.
Há de se dizer que todo o sentimento é válido, uma vez que provoca sensações e gera atitudes que devemos aprender a controlar e administrar da melhor forma possível. A falta de sentimento, mesmo que seja um sentimento negativo, representa a total indiferença, e esta sim, é a pior atitude a se tomar diante de alguém ou de alguma situação onde se entende que a coisa certa a se fazer não está sendo realizada.
Ser indiferente é não dar a mínima, é deixar de responder quando questionado, é apagar o telefone e passar uma borracha no passado, é não se importar com o outro, é esquecer o que não era para ser esquecido, é tirar o valor do que não tinha preço, é desconhecer a força e a intensidade de um amor verdadeiro.
Concordo com a frase da escritora Martha Medeiros, realmente o contrário do amor não é o ódio, para odiar é preciso ao menos se lembrar e nutrir algum sentimento pelo outro, reconhecer sua existência e direcionar toda a raiva e rancor para ele. Por mais que seja baixo, mesquinho, feio e ruim, o ódio não deixa o outro no esquecimento. Ele consome nosso tempo e nos angustia, gerando novas sensações e fazendo com que deixemos de ter razão, mas mantém, ainda que no nosso inconsciente, a necessidade de estarmos em contato (mesmo que pelo pensamento) com o odiado ser.
A indiferença faz toda a diferença quando posta em prática. Perde-se totalmente o vínculo, arrebenta-se a corda que antes tinha nó de marinheiro e coloca-se um muro intransponível na relação, de nada adiantam os esforços de quem luta para manter acesso o brilho e fogo de um amor que ardeu em brasa, mas que hoje nem em suspiro sobrevive.
A indiferença, pior que o ódio, dissipa e anula toda uma história e deixa marcas mais profundas e tristezas mais dilacerantes que este outro. Não devemos nos mostrar indiferentes a ninguém, pois desta forma tiramos todo o valor do outro e nos carregamos de um egoísmo capaz de ser o mais prejudicial sentimento que podemos transportar.
Entender o valor de cada um e demonstrar isto não só com palavras, mas também com atitudes fará muito mais diferença que ser indiferente ao sentimento dos outros.

Fernando Christófaro Salgado

4 comentários:

  1. Eu acredito que a indiferença é o pior sentimento que uma pessoa pode ter por outra, pois quando sentimos isso, é como se a outra pessoa nem existisse pra nós, um completo esquecimento...

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  2. Senti na pele a indiferença, isso dói demais!!!
    Tanto que a pessoa que me fez sentir isto, agora corre atrás de mim!!!
    Mas o que senti nunca mais quero repetir, é como se isso me impedisse de dar uma nova chance, me bloqueou !!

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  3. Bobagem!!! Quando se pensa no outro acaba-se por ser desprezado... A indiferença é o único caminho para a felicidade, pois desta forma não se está vinculado a ninguém e nem subordinado ao humores alheios. Liberdade sempre e abaixo aos grilhões das convenções sociais do amor e do relacionamento porque não existe amor, mas sim medo da solidão!

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  4. estou vivendo isso agora...ontem eu tinha um mundo com ele...hj não sei quem sou no mundo sem ele.....nos amamos tanto um dia e hj ele me trata com indiferença...nossa não desejo a ninguem a dor q estou sentindo....machuca e dói demais

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