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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conhecendo pessoas

O que é necessário (ou sequer é possível) para se conhecer uma pessoa por completo? Para compreender e amá-la da forma como ela é, tendo todos os defeitos e mesmo cometendo diversos erros que para muitos seriam imperdoáveis?
Talvez o primeiro passo seja conhecer muito bem a si mesmo, o que não é tarefa fácil. Possuímos uma complexidade ímpar e desconhecemos os nossos verdadeiros limites e potencialidades. Aprendemos pela tentativa e erro e, normalmente, erramos muitos mais do que acertamos antes de enveredarmos pelo caminho correto.
Para se conhecer uma pessoa profundamente é necessário conhecer a sua história, o seu passado, as suas pretensões futuras e suas relações pessoais e profissionais no presente e muito mais.
Particularmente me fascina a possibilidade de interagir com o maior número de pessoas possíveis. Li em um artigo na internet que para ampliarmos nossa rede de relacionamentos significativamente temos que sempre trocar alguma idéia com quem esteja a pelo menos um metro de nós, seja no ônibus, no metrô, em uma festa ou na fila de cinema, em qualquer lugar sempre podemos criar algum tipo de relacionamento e divulgar o nosso serviço ou negócio em uma conversa informal.
A maioria das pessoas que conhecemos passa em nossas vidas como um raio de luz, podem até produzir um clarão que chegue a nos iluminar por alguns dias, mas depois desaparecem sem deixar nenhum vestígio.
Muitas ficam guardadas na lembrança para sempre e em sessões de nostalgia com amigos em comum são citadas com empolgação e satisfação por terem feito parte de nossa história.
Onde estarão? O que estarão fazendo? Como e com quem estarão vivendo? Casados, formados, empregados, felizes? São perguntas que nos fazemos quando pessoas queridas e que há muito tempo não temos notícias são citadas em conversas de bar.
Como sempre gosto de dizer, cada pessoa tem dentro de si um mundo a ser descoberto, primeiramente por ela mesma e, depois, pelas pessoas com quem ela se relaciona. Neste universo digo que sou um viajante incansável, que nunca desiste de conhecer, entender e aprender com novos mundos.


Fernando Christófaro Salgado.

3 comentários:

  1. Fernando

    Creio que mais que conhecer bem alguém é amar esta pessoa. É pelo sentir que conheceremos bem.
    E uma boa forma de nos conhecer, podemos sempre observar o que vemos nos outros. O outro é sempre espelho nosso. Uma outra forma, é também observarmos as nossas reações pois elas são expontâneas. sem passar pelo crivo da razão.
    Por isso dizemos que somos o que reagimos.

    Um grande abraço,
    Jorge

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  2. Olá, Fernando!

    Peço desculpas... Eu fiquei de passar aqui para conhecê-lo; o tempo passou, outras coisas surgiram, e acabei esquecendo o compromisso... Eu tinha certeza de que já seguia este blog, mas, quando bati os olhos na seção de seguidores, não me vi.

    Gostei dos seus textos. Você parece que gosta de refletir muito sobre tudo. Isso muito me agrada, pois também sou assim...


    Em relação a esse texto acima, houve um trecho com o qual me identifiquei:

    "A maioria das pessoas que conhecemos passa em nossas vidas como um raio de luz, podem até produzir um clarão que chegue a nos iluminar por alguns dias, mas depois desaparecem sem deixar nenhum vestígio."

    É curioso ler isso num momento em que estou perdida em mim mesma, entre quem eu estou me tornando e quem eu fui... Para ser mais específica, eu já fui uma pessoa extremamente apegada aos meus amigos. Sempre tentava manter minhas amizades antigas acesas, vivas. Eu queria que todos ao meu redor fossem meus melhores amigos. Era incrível como eu tentava dar atenção às pessoas...

    No entanto, o tempo passou... Eu me decepcionei com a amizade, uma pessoa que eu considerava minha amiga só me via como colega de faculdade... E, no momento em que eu mais precisei dele (do meu amigo...), ele não me levou a sério, debochou e riu dos meus sentimentos (riu mesmo, literalmente). Hoje já o desculpei, todos nós comentemos erro. E ele me explicou que não sabia que minha tristeza era tão séria assim. Como ele tem um jeito debochado de ser, ele só agiu como de costume. Ele me magoou sem querer mesmo.

    Voltando à questão dos vínculos, esse episódio que contei foi um dos piores pelos quais passei. Porém, com o passar do tempo, percebi que as pessoas para as quais eu dava atenção não olhavam para mim, não me procuravam. E isso me causava uma dor que ninguém na face da Terra pode entender, ou melhor, talvez alguns possam... não sei...

    Essa dor, aos poucos, foi me mudando, foi me fechando, entende? Hoje, eu não procuro mais as pessoas como eu procurava, não dou mais a atenção que eu dava, é como se eu quisesse realmente ficar sozinha, longe de tudo e de todos. Afinal, é como eu realmente me sinto, eu me sinto sozinha. Eu resolvi aceitar isso e tentar ser feliz assim. Acho que a única pessoa que precisa estar ao meu lado, que não pode me abandonar, sou eu mesma. Sou eu que tenho que me fazer feliz, essa tarefa não é dos outros, é minha. Todo mundo nasce com a tarefa de se fazer feliz e ser feliz ao lado dos outros e não através dos outros...

    Desculpe o big texto, mas também amo as palavras, não tenho medo de escrever o que eu sinto e pretendo continuar assim. Além do mais, o nome do seu blog já é um belo convite! (risos)

    Abraço. Agora sim, eu posso me considerar seguidora oficial sua.

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  3. Olá Fernando!

    Não sei se direi bobagem, mas penso que nunca (ao menos por enquanto e nem generalizando) realmente conhecemos a fundo alguém, ainda que sejam os que amamamos.

    Somos de um mundo íntimo tão imenso, profundo, intenso,desconhecido, nossas relações com o outro e conosco mesmo ainda são tão imprevisíveis. Há vezes em que temos atitudes tão inusitadas que até nós nos supreendemos.
    Penso que para conhecer de fato o outro, precisamos conhecer-nos primeiro e esse é um longo e fascinante aprendizado.

    Um abraço carinhoso, Fernando. Tenha uma semana de paz.

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