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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cruzadas

Céu cinza. Cem centuriões corriam com calças, camisas, cintos e correntes de couro. Carregavam cruzes cravejadas de cristais cintilantes e capacetes de cobre. Cansados, caíam cruzando caminhos chuvosos e combatentes cruéis. Cada cristão chorava copiosamente com o coração combalido. Como confiar em conversas contrárias à criação? O crivo do comandante culpado concorreu com a covardia do criado calado. Comercializavam carnes com criadores competentes. Caminhavam com carregamento cheio de comida nas costas. Cuspindo catarro, cavavam as covas dos companheiros. Em casa, chegavam com certo conforto. O cocheiro checava a capacidade completa da cavalaria. Com a cabeça cheia, cantavam cantigas e contemplavam o cosmos.
Céu claro. Cinco centuriões conseguiram. Completaram com créditos e confiança a caminhada pela Cruzada. Capazes, corajosos e corretos conquistaram o caneco. Compraram cerveja e carvão, no churrasco comemoraram. Colheram couve, café, cana e cacau. Criaram chocolates cheirosos e cachaças em cuias. Em condições caprichadas, conseguiram crescer e convencer. Continuam a crer na Companhia dos Cem, custe o que custar.


Fernando Christófaro Salgado.

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