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terça-feira, 25 de maio de 2010

Motivo para reconhecimento

Desde pequenos aprendemos que, para que tenhamos atestado um grau superior de conhecimento ou de habilidade para determinada coisa, é preciso ser reconhecido de alguma maneira, por alguém ou alguma instituição. Só para exemplificar, é assim na escolinha primária, nas aulas de inglês, com as mudanças de faixa do caratê, na emissão de diplomas por uma universidade e em diversas outras situações.
Infelizmente, somos impelidos a acreditar que é sempre necessário passar pelo crivo dos outros para obtermos sucesso e reconhecimento. Temos sempre que fazer bonito aos olhos dos impiedosos avaliadores, do contrário as portas se fecham, ou seja, as oportunidades de alcançar os resultados almejados diminuem drasticamente, podendo até se anularem.
Pensar que todos devem ser iguais e ter o mesmo desempenho em tudo àquilo que se propõem a realizar chega a ser cruel. É inegável que cada pessoa possui gostos, aptidões, características físicas e psicológicas diferentes. Quando se é cobrado (ou pior, quando a própria pessoa se cobra) por algo que não gosta de fazer, obter o reconhecimento se torna uma tarefa hercúlea.
Quando nos permitimos guiar pelas vontades dos outros começamos a buscar resultados que pertencerão e que irão satisfazer muito mais a eles do que a nós mesmos. Nestes casos os esforços terão realmente valido a pena? Toda a dedicação, treinamento, suor e lágrimas trarão um retorno satisfatório? Creio que não.
Em vez de buscar reconhecimento deveríamos aprimorar nossa capacidade de auto-avaliação. Esperar sempre mais de nós mesmos e não por um julgamento alheio. Professores seriam realmente mestres, transmitindo conhecimento para os discípulos absorverem e desenvolverem, sem cobranças, suas próprias habilidades.
As questões cruciais girariam em torno dos questionamentos: Como você acha que pode melhorar? Em que você gostaria de se empenhar mais? O quão satisfeito você está realizando tal tarefa? É este o resultado esperado por você e para você?
Se conhecer a ponto de saber responder tudo isso com assertividade e sendo honesto consigo mesmo é o único motivo para reconhecimento, pois impondo seus limites e se desafiando, você estará se reconhecendo capaz de chegar aonde deseja.


Fernando Christófaro Salgado.

3 comentários:

  1. Fernando, grande amigo,
    creio que ninguém é mais inteligente que uma outra pessoa; apenas que as aptidões são diferentes.
    Mas concordo que a sociedade busca direcionarnos nos seus padr~es, muita vez, inhusta. Quem sabe se não é para aprendermos, de fato, a nos valorizar mais, a seguirmos o nosso coração?

    Não estamos por acaso neste mundo. Tudo tem razão de ser. Assim, tudo que ocorre no mundo, tudo o que a vida nos mostra, na sua pressão ou no seu convite, é aprendizado.

    A questão é, se olhando para trás, estamos hoje melhores que ontem.

    Grande amigo, um abraço de luz!!!

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  2. Com certeza, mas é aí que está o ponto nodal da questão. É a antiga e sempre atual proposição: "conhece-te a ti mesmo". Coisa dificílima, pois até para o auto-conhecimento a gente se depara com paradigmas que girarão em torno de nossas (in)desejadas competências e habilidades para a vida e o trabalho. Mas não adianta, precisamos nos encher de coragem e visitar nosso interior, onde certamente encontraremos as respostas às questões cruciais que tu identificastes tão bem como componentes do "bem viver" ou do "ser feliz". Bjssssssss

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  3. Fernando
    Estamos no Planeta Escola, e todo dia é dia de aprendizado.
    O ego faz com que as pessoas busquem aprovação de outras que julgam serem mais que si próprios.
    O medo de olhar pra dentro é grande, pois o desconhecido assusta.
    Como se a Luz, a Sabedoria, o Amor pudessem assustar alguém....

    Venho dividir com vc um selo que ganhei.
    Lá no meu cantinho.
    Um abraço

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