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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Homenagem tardia aos pais

Hoje quando cheguei do serviço me atentei para o fato de não ter escrito nada com referência ao dia dos pais. Pareceu-me uma injustiça, visto que registrei há alguns meses atrás algumas palavras direcionadas para as maiores responsáveis por nos colocar no mundo. Tudo bem, sem novas injustiças, sem nossos pais não estaríamos aqui...
Quando somos crianças, muitos têm nos pais a imagem de um herói, aquele que tudo pode e nunca erra, e vai-se criando o respeito por uma pessoa tão qualificada e especial. Quando somos adolescentes pensamos que o sobrenome de nossos pais passa a ser “Preocupação”. Nesta época, tudo que fazemos está errado, negociar horários para chegar em casa vira uma rotina e a insatisfação com todas as cobranças que nos parecem injustas é constante. Finalmente, quando adultos, começamos a entender o real significado e valor da palavra pai, ou ao menos deveríamos.
Ainda não pude ter a experiência de ter filhos, portanto não posso escrever como pai, mas me espelho no homem que me mostrou e ainda me mostra e demonstra afeto, carinho e amor todos os dias da minha vida. Abençoado sou por ter a família que tenho e um pai que possui um coração maior que o mundo. Alma boa que nunca vi reclamar ou criticar alguém, que se preocupa com todos à sua volta, e hoje vejo o valor desta preocupação, vinda de um amor incondicional.
Entendo que, infelizmente, muitas pessoas não possuem uma relação de proximidade e cumplicidade com seus pais, muitas já não os têm mais presentes nesta vida e outras nem chegaram a conhecê-los. Compartilho da opinião de que pai é aquele que cria e que cuida, aquele que protege e que está sempre presente, desde os momentos mais simples aos mais importantes. Assim, da mesma forma que um pai pode adotar um filho, um filho também pode adotar um pai, reconhecendo os gestos de bondade de quem se aproxima para suprir uma ausência que faz tanta falta e tendo como espelho uma pessoa sem laços consangüíneos.
Aos pais que se foram, espero que a lembrança os mantenha vivos nos corações de seus filhos e que estes possam perdoar os deslizes daqueles que tiveram o desafio de serem os principais mentores de suas vidas. Chamamos a Deus de Pai. Não por acaso esta palavra também se refere aos homens que contribuem para a reprodução de nossa raça. Ser pai é saber administrar vidas, é ser responsável pelo bem da família, é saber tomar decisões e abrir mão do que deseja pra si em prol do melhor para os filhos, é saber amar, cuidar e estar sempre presente.
Agradeço a Deus por eu ter o pai que tenho!

Fernando Christófaro Salgado

2 comentários:

  1. Os pais, mesmo quando se vão, permanecem vivos na alma da gente. É incrível como o que eles nos ensinam são legados que nos acompanham para sempre. Uma linda postagem! Adorei.

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  2. Belíssimo texto.
    Realmente,quando ainda não temos filhos,não assumimos a responsabilidade que nossos pais abraçaram, não sabemos a grande responsabilidade que é ser pai/mãe.
    No meu tempo de adolescência,lembro-me bem,quantas vezes achava que meus pais me protegiam demais ou seja como muitos dizem(eu tbm dizia) "Aff.pega demais em meu pé".
    Hoje,tenho filhos e agora sei o porquê de tantos aparatos é o AMOR AOS FILHOS que nos deixam assim SUPER PROTETORES.

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