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terça-feira, 7 de julho de 2009

If we could touch a soul…

Hoje me atentei para um fato curioso e talvez até idiota, mas que não deixa de fazer algum sentido. O único momento em nossas vidas que podemos, com um pequeníssimo atraso, saber o que se passa na cabeça das outras pessoas sem que elas queiram é quando elas estão escrevendo algo perto de nós, porém não perceberam que estamos próximos e acompanhando o raciocínio.
Essa aproximação sorrateira não é uma atitude de bom tom, mas por vezes ela ocorre de forma involuntária e captamos até mesmo sem querer a conversa ou dissertação que em frações de segundo saem da mente de uma pessoa e seguem para a ponta de seus dedos para tomar a forma de letras, palavras e frases.
Quando você escreve algo você está expressando e eternizando um pensamento que lhe ocorre num determinado momento. Através da escrita coisas íntimas e belas podem ser cuidadosamente elaboradas, as palavras podem revelar segredos e trazer novidades, mas por mais que tentem, por mais que comovam, por mais que provoquem reflexões elas nunca poderão expressar um sentimento em toda a sua plenitude.
O que sentimos é único e ainda não existe maneira de se medir um sentimento, o quanto ele pode crescer, qual é a dose certa de sentirmos. Nós ainda não dominamos tudo o que encerra nossos corações. Cada pessoa vive seu universo particular e percebe e sente as coisas de forma diferente. Claro que ocorre sinergia de pensamentos e sentimentos, de outra forma seria impossível que os seres humanos se relacionassem, mas a sinergia não implica que a intensidade de sentimentos seja equivalente.
Acredito que todo o nosso potencial e sentimento não ficam guardados em um só lugar, eles se distribuem por toda a nossa alma, que guia nosso consciente e guarda as virtudes e defeitos do nosso inconsciente. Se pudéssemos tocar uma alma (If we could touch a soul) estaríamos tendo a revelação dos reais sentimentos que habitam um ser pois chegaríamos o mais próximo possível de poder compreender o que se passa no íntimo de alguém.
Tentemos elevar nossa alma para que nossos sentimentos se tornem mais amplos, dignos e verdadeiros e num futuro próximo possamos compartilhá-los de forma que nossa simples presença contribua para o bem estar dos que procuram amenizar as dores da alma.

Fernando Christófaro Salgado

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