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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Túnel (quase) sem fim

Outro dia ouvi uma pessoa dizer que sempre quando entra dirigindo em túneis escuros ela tem a sensação de que as paredes irão se fechar, desabando sobre ela e que o asfalto que vai ficando para trás revela que a escuridão se torna envolvente e sombria fora dos feixes de luz dos faróis. Ela me disse que antes mesmo de entrar no túnel já fica ansiosa para alcançar a luz e se livrar daquele tormento momentâneo. São as mesmas sensações que tenho quando penso em certos caminhos que trilho, e que acabam se tornando incertos quando surgem problemas inesperados.
Por vezes não estamos completamente preparados para executar algumas tarefas a que somos requisitados ou nos propomos a realizar. Parece que não nos comprometemos no nível desejado e esperado pelos outros e até mesmo por nós mesmos.
Um potencial causador desse comportamento é nossa ansiedade, que como um túnel sem fim, nos faz sentirmos pressionados a encontrar rapidamente todas as soluções.
A ansiedade pode ser expressa de diversas maneiras: as mãos começam suar, batemos as pernas no chão incessantemente, surge uma vontade súbita de irmos ao banheiro, gaguejamos para falar, temos “brancos” mesmo dominando um assunto, a espera nos aflige extremamente e o tempo se torna o nosso maior inimigo.
Devemos nos preparar previamente para todas as situações que pudermos enfrentar nos munindo da melhor forma para isso. Felizmente temos fontes poderosas que podem iluminar os nossos caminhos facilitando as escolhas e decisões e amenizando a inquietude ocasionada pelo medo e desafio do desconhecido.
Nossas fontes para vencer os túneis sem fim impostos pela ansiedade são o autoconhecimento, o estudo prévio com foco nos resultados, a autoconfiança e a paciência. Sem alimentarmos estas fontes dificilmente encontraremos uma luz no fim do túnel, nos decepcionando quando chegarmos ao final, vendo que nada mudou.

Fernando Christófaro Salgado

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