Google Website Translator

sábado, 30 de maio de 2009

Além da compreensão

Somos como árvores que crescem quando regadas com a água da chuva, que não cai todos os dias, mas quando cai traz vida e força para o desenvolvimento e crescimento de novos galhos, folhas e frutos. Ás vezes ventos fortes arrancam alguns galhos e folhas deixando as árvores mais tristes e sem vida, mas como o passar do tempo, em novas estações, elas se revigoram e voltam a ofertar mais beleza e vitalidade para desafiar novamente as turbulências por que deverão passar.
Vivemos em ciclos, assim como as árvores. Nem todos os dias estamos felizes, na maior parte da vida estamos apenas vivendo, nossa rotina diária é cumprida sem maiores implicações ou repercussões. Nossos dias felizes são como dias de chuva e por vezes somos surpreendidos por ventos que nos trazem a tristeza que nos desestrutura.
Apesar de sermos como árvores não somos árvores. Tudo seria simples se os nossos ciclos fossem constantes e se pudéssemos esperar por uma nova estação para resolvermos os nossos problemas. Somos infinitamente mais complexos, mas da mesma maneira que as árvores, mesmo que não haja ciclos definidos em nossas vidas, temos a capacidade de nos reerguer e começar de novo diante de qualquer adversidade.
Queremos, desejamos, amamos pessoas que negam, não compreendem ou não estão prontas para nos acolher, sofremos agressões físicas e verbais gratuitas, somos vítimas de uma violência desmedida, perdemos entes queridos em momentos inesperados, somos acometidos por doenças que nos enfraquecem, descobrimos que certas pessoas não eram o que esperávamos que fossem. Todas estas situações podem parecer estar além da nossa compreensão. Não posso negar que muitas delas ainda não consegui compreender, mas posso afirmar que dependendo do lado do prisma em que olharmos poderemos visualizar uma razão para cada uma delas.
Quando estivermos prontos a verdade de todas as coisas nos será revelada e a água da chuva começará a ser mais constante em nossos dias.

Fernando Christófaro Salgado

Nenhum comentário:

Postar um comentário