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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ensaio sobre a amizade

Quem realmente são nossos amigos? Qual a extensão da palavra amizade?
Na vida temos, às vezes, milhares de conhecidos, vários colegas, alguns amigos ocasionais e pouquíssimos amigos verdadeiros. O que vocês lerão aqui nada mais é do que uma concepção da palavra amizade e, a partir desta, uma consideração sobre quem são ou possam vir a serem os amigos verdadeiros de alguém.
No decorrer de nossos dias passamos por diversas situações e conhecemos várias pessoas completamente diferentes. Com umas criamos vínculos que se mantêm e se fortalecem, com outras passamos alguns momentos especiais e nada mais, muitas delas nos passam despercebidas e não tomamos nem conhecimento de sua existência ou de seus sentimentos, entretanto, vez ou outra estas pessoas se importam ou simplesmente se simpatizam conosco. Poderíamos ser mais próximos delas, mas infelizmente não podemos abraçar o mundo e ter "um milhão de amigos", como o rei Roberto Carlos.
É comum não permitirmos a aproximação do outro ou não nos permitirmos aproximar de alguém por medo, vergonha ou até mesmo preconceito. Por egoísmo e falta de humildade não nos deixamos ajudar e muitas vezes nos isolamos em uma "bolha impenetrável".
Somente quando começamos a ceder e a aceitar o que os outros têm a nos oferecer começamos a tecer os primeiros passos de uma amizade. Outro grande passo é dado quando começamos a compartilhar o que pensamos e sentimos e quando conseguimos confiar em alguém completamente, a ponto de colocarmos nossa vida nas mãos desta pessoa, aí sim atingimos o conceito pleno do que é a amizade.
A amizade, neste ponto, anda junto com o amor (outra palavra de difícil explicação), pois ela está livre de qualquer forma de inveja, mal querer e orgulho, ela aceita o perdão e oferece suas mãos, braços, pernas, sua alma para ver o outro bem e feliz.
Pense na quão valiosa é sua vida e por quantas pessoas você, se estivesse numa situação extrema de vida ou morte, daria sua vida por elas? Se você for sincero consigo mesmo talvez não encha as duas mãos.
Não devemos ter a pretensão de termos apenas verdadeiros amigos, estes são raros, como coisas de inestimável valor, como obras e monumentos históricos que duram por toda vida e ainda mais.
Devemos analisar e buscar por pessoas que nos façam sentir bem, que transmitam boas energias e tenham atitudes dignas, honradas e boas, que sejam fiéis e não cobrem nada pela amizade. Nossos amigos são aqueles que realmente fazem a diferença quando é necessário ou estão apenas presentes quando não é, seja através de um telefonema, de uma carta, de uma visita, de um olhar, de um abraço ou de um beijo.
Ganhando um amigo você ganha um novo mundo e novas oportunidades se abrem, você poderá ter a oportunidade de conhecer novas pessoas através dele e interagir com elas em diferentes graus. Não se feche para conhecer novas pessoas, mas não caia na ingenuidade de achar que todos irão te aceitar e gostar de você. Aceite que as pessoas são diferentes e buscam coisas diferentes, perdoe quando necessário, mude de caminho, mas não mude seus ideais pelos de outro.
Acredite em você e na sua força e outros também irão acreditar e buscar seu apoio. Nunca diga não a quem lhe pedir ajuda, mesmo que ache não ser capaz de ajudar. Se supere e ofereça as suas últimas forças, no final, se você se importar, isso irá te fazer sentir bem consigo mesmo.
Agradeçamos a Deus pelos amigos, em qualquer escala, que já tivemos, temos e viremos a ter e fortifiquemos o desejo de que as relações que construímos nos sirvam sempre de aprendizado.


Fernando Christófaro Salgado

2 comentários:

  1. Poxa, Fernando... Você realmente sabe das coisas... Esse post que você me indicou "caiu como uma luva" para mim. Antes de qualquer coisa, quero lhe agradecer pelo que disse lá no meu blog... De fato, eu não posso esperar seguidores e reconhecimento. Mas não pude evitar isso porque lá estão algumas das coisas mais importantes da minha vida: minhas palavras...

    Então, preciso confessar que esperei demais de tudo e de todos... Mas sei que não pode ser assim, não podemos esperar muito das pessoas, elas nem sempre podem ser do jeito que nós queríamos que fossem...

    Infelizmente, ontem minhas palavras foram apagadas devido a algum erro da internet (o que me obrigou a sempre fazer um back up dos meus comentários no word antes de postá-los... é só copiar e colá-los lá... aí, qualquer coisa, eu os tenho salvos... rsrsrs)

    Talvez eu tenha dito coisas importantes que agora nem tenho mais vontade de escrever mais. O que importa é como me sinto hoje... Então vamos lá...

    Fernando, eu estou passando por um momento estranho na minha vida... aquilo que lhe contei sobre quem eu fui e quem estou me tornando... Não sei o que está havendo... Só sei que não me reconheço mais, não me vejo mais... Não vejo mais a mesma Elaine de antes. Estou me tornando uma pessoa fechada... Fico triste e não menciono mais nada aos meus amigos, guardo para mim; eu me calo e fico rindo com eles, contando coisas banais e divertidas do meu dia-a-dia. Nem nas minhas poesias eu tenho exposto os meus momentos tristes...

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  2. ... Parece que eu fechei a porta do meu mundo... Tudo bem, você pode dizer: "Não é verdade, pois você está aqui me contando isso..." Não se engane, o que estou fazendo aqui é diferente. Estou contando meus sentimentos a alguém que não sabe nem como é o meu rosto, e, no fundo, não estou lhe contando detalhes. Também nem poderia, como eu poderia lhe contar, por exemplo, quando reencontrei um cara por quem fui apaixonada durante anos? Não teria como - nem por que - lhe contar isso, você nem teria ideia (ou idéia...) de quem ele é ou de quem eu sou. No entanto, é estranho uma pessoa não contar isso para a sua melhor amiga, não? (Que fique claro que esse reencontro com uma paixão minha realmente aconteceu... mas já faz mais de um ano.. risos... foi só um exemplo...) O fato é que eu estou diferente e sinto isso... Não tenho mais vontade de me abrir nem para amigos, nem para amores, nem para ninguém. Parece que só quero mostrar as coisas boas e guardar as ruins para mim... é como se não importasse mais, é como se não adiantasse mais, entende? Não vejo mais aquela menina fazendo questão de dividir tudo com os seus verdadeiros amigos, os mesmos que você cita nesse seu texto, pois eu sei que tenho esses amigos... o que eu vejo hoje é uma pessoa que não se mostra mais, que esconde o que sente, que sorri mesmo estando triste.

    Você disse que cada pessoa é um mundo a ser descoberto... Eu não sei se a porta do meu mundo continua aberta, não sei mais...

    Bem, espero não preocupá-lo. Minha intenção não foi esta!! Só tive vontade de falar um pouco sobre o assunto... Só lhe peço que não comente nada muito abertamente na Fênix. Se quiser comentar lá, não seja muito direto... Se quiser ser, pode me mandar um e-mail, meu endereço está abaixo do meu mural de recados lá. Se não quiser dizer nada, também não precisa. Relaxe! Eu estou bem! Não vai ser você que vai colocar o pé para impedir que a porta do meu mundo se feche para sempre... Creio que essa tarefa é minha...

    Obrigada por tudo!

    Beijos!

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