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sábado, 6 de junho de 2009

Autocontrole, um desafio

Ninguém sabe nem é obrigado a saber o que se passa na cabeça de outra pessoa. Muitos dias em que não estamos bem conosco temos que maquiar a realidade e seguir certas normas de conduta e educação.
Chegamos cedo ao trabalho e recebemos cordiais desejos de “bom dia”, nos perguntam como estamos ou como foi nosso fim de semana. O que ocorre é que apenas com poucas pessoas temos intimidade e abertura para falar de nossa vida pessoal e temos que retribuir e responder a todas as perguntas e comprimentos dos outros como se tudo estivesse às mil maravilhas. Não podemos deixar transparecer nosso abatimento.
Em dias de angústia e aflição por alguma doença própria ou em família, por alguma separação indesejada, pela perda de um ente querido, ou por problemas de qualquer natureza, temos que manter o autocontrole e representar um estado de espírito incompatível com nossa realidade íntima.
Nestas situações temos que ser quem não somos de verdade e isto demanda um esforço imperceptível mas que vai se tornando cada vez maior na medida em que os problemas se acumulam.
Mas até que ponto manter o autocontrole é benéfico?
Acredito que todos nós temos um limite e reconhecer este limite pode ser extremamente difícil. Podemos achar que estamos contornando bem uma situação, mas na realidade estamos nos enganando. É nesta hora que é necessário aceitar todo e qualquer tipo de ajuda, quando achamos que estamos no controle, mas não estamos mais. Quando não dá mais para suportar a pressão a que nos impomos para satisfazer aos padrões sociais, mas não percebemos isto.
A chave para o autocontrole é o conhecimento de si próprio e se conhecer bem é um grande desafio que devemos buscar superar todos os dias de nossas vidas.

Fernando Christófaro Salgado

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