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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Posso ajudar?

Estive pensando na dificuldade em que temos de pedir, oferecer ou aceitar ajuda. São três dimensões diferentes.
Quando pedimos ajuda estamos assumindo que precisamos da colaboração de outros para cumprir determinada tarefa. Pedir muitas vezes não é fácil visto que a auto-suficiência é bastante cultuada em nossa sociedade. Somos levados a crer que tudo podemos sem auxílio quando as pessoas nos dizem frases como: “Você deve ser mais independente!”, “Cada um com seus problemas!”, “Se vire!”, “Você consegue fazer isso sozinho!”. Isto gera certa insegurança e um medo de submissão ao julgamento dos outros diante da possibilidade explícita de demonstrações de fraqueza por não conseguirmos resolver alguns problemas sozinhos.
Em outra dimensão temos a oferta da ajuda. Quem não sabe nadar não pode ajudar quem está se afogando! Esta frase, apesar de óbvia, sintetiza um singelo pensamento: para ajudar alguém você precisa primeiro saber como se ajudar. Não se pode ofertar o que não se tem, donde vem à máxima: “Muito ajuda quem não atrapalha”.
Numa terceira possibilidade temos a aceitação da ajuda. A mesma relutância que temos em pedir ajuda temos em aceitar, mas não aceitamos por motivos diferentes. Não aceitamos por acreditar que somos melhores, que realmente podemos resolver tudo sozinhos e nem que seja pela insistência podemos triunfar diante de qualquer situação.
As dimensões que envolvem a ajuda podem ter contornos complexos, mas que se simplificam na medida em que somos tomados por uma maior compreensão de nós mesmos e de nosso papel enquanto cidadãos. Não devemos ter vergonha de pedir, devemos ser humildes para aceitar e conscientes para oferecer ajuda a quem quer que seja.
A ajuda pode vir de onde menos esperamos, até mesmo de pessoas desconhecidas. Um abraço, um olhar, um sorriso, uma palavra de apoio, dependendo da situação podemos obter novo ânimo ou animar a outros apenas com estes gestos.
Quando sentir que ninguém mais pode te ajudar, que a pessoa que você quer ajudar não vê solução e não aceita ajuda ou que você não está pronto para oferecer auxilio eleve seus pensamentos e peça Aquele que nunca desampara ninguém para enviar a luz para o amparo necessário.

Fernando Christófaro Salgado

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