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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dormindo com a dúvida

Na noite passada perdi o sono, estava exausto, mas não conseguia dormir de maneira alguma. Cheguei à mesma conclusão que sempre chego quando estou assim, pensar demais na hora de dormir é péssimo, mas acaba sendo inevitável.
Tem dias em que um turbilhão de coisas passa pelas nossas cabeças. Vemos e ouvimos muitas coisas que não gostaríamos, sentimentos são desenterrados e no momento que ficamos completamente sós com o travesseiro imagens e situações são criadas por nossas mentes.
Prontificamos-nos a imaginar as melhores soluções, as melhores atitudes, o que fazer para amenizar o estado aflitivo, para resolver ou ao menos tentar contornar o problema. Neste exercício surgem dúvidas e tomados por certo ímpeto cremos que quando acordarmos a difícil decisão que atrapalhou os nossos sonhos terá sido a acertada. Mera pretensão.
Dormir é essencial para recompormos as energias físicas e principalmente para equilibramos nossa energia mental. Dormimos com a dúvida, mas acordamos com a certeza de que com a cabeça descansada e sob a luz de um novo dia tudo aquilo que nos tirou o sono foi insensato. Dificilmente cumprimos com nossos planos noturnos, pois eles costumam ser frutos de hipóteses elaboradas em momentos de ansiedade e reflexões confusas.
Toda e qualquer decisão importante deve ser tomada com clareza de idéias, com a tranqüilidade necessária e com a análise consciente das alternativas.
Hoje me vi, de certa forma, surpreendido ao acordar e perceber que os meus devaneios haviam cessado. Já havia me preparado para tomar uma atitude que cheguei a ter certeza que era a certa, porém, com a cabeça fresca, percebi que não faria sentido algum fazer aquilo.
Devemos dar tempo ao tempo e deixar que nossas dúvidas e inseguranças se dissipem naturalmente, com a reflexão consciente dos nossos atos, mesmo que se percam algumas noites de sono.

Fernando Christófaro Salgado

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