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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Encontrando o caminho

A dificuldade que temos para expressar nossa religiosidade e caridade esbarra na complexidade e variedade de crenças e seitas religiosas existentes pelo mundo. Em nosso país, de maioria católica, com um número crescente de crentes e protestantes, a tolerância é grande e os conflitos religiosos são praticamente nulos. Em geral, desconhecemos as outras grandes religiões como o budismo, o islamismo, o hinduísmo, a doutrina espírita e a diversidade das religiões chinesas, por não fazerem parte da nossa realidade cotidiana.
Assistimos com incompreensão e certa aceitabilidade a luta incessante, a repreensão e a carnificina provocada por extremistas religiosos. Aceitamos, pois já estamos acostumados a ver homens bomba, pessoas induzindo e impondo suas crenças, com a pretensão de serem donos da verdade, se guiando por um Deus distante da bondade, da caridade e do amor que não distingue. Aceitamos por acreditar que essa luta não é nossa, está distante de nós e nunca terá um fim.
Mas não aceitamos quando nos contradizem, censuramos quando nos chamam a conhecer outra forma de ver e entender outros deuses ou mesmo o nosso próprio Deus. Temos dificuldade em aceitar o ateísmo. A falta de uma referência religiosa nos incomoda tanto quanto uma referência distinta de nossas crenças.
Acredito que cada um é dono de sua própria verdade e livre para crer no que quiser. Mas não basta apenas crer, o respeito é indispensável para que limites não sejam ultrapassados.
Fazendo uma reflexão, penso que faço muito menos do que posso ou poderia fazer pelo bem comum. Talvez ainda não esteja preparado para dar minha real contribuição aos que necessitam dela. Penso que vivemos em um estado inercial onde precisamos de algo que nos motive e direcione a agir para tomarmos uma atitude diferente da qual estamos habituados. Não sabemos por onde começar e nossa letargia lúcida nos impede de encontrar o caminho. Tendemos a achar que nossos problemas são os maiores que podem existir. Temos receio de nos envolver com os problemas dos outros, principalmente dos desconhecidos. Na verdade, não sabemos ou não buscamos saber onde se localizam ou quais são os problemas de uma creche, de um asilo, de uma ONG ou de uma comunidade carente. Pelos erros de uns, generalizamos e desconfiamos da gestão de pessoas que doam seu tempo e suas vidas para fazer a diferença na vida dos outros.
Independente da crença ou não em algum Deus, acredito que o caminho está na retidão da conduta, na prática do bem, no respeito e amor ao próximo. Cada um doa o que pode doar, quando puder. Eis o caminho que devemos seguir!

Fernando Christófaro Salgado

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