Imaginem se todas as coisas que fizéssemos dessem certo. Tudo na primeira tentativa, sem ninguém nos ensinar nada. Se já nascêssemos sabendo tudo, sem nada pra descobrir, sem novas experiências e desafios. Se todas as nossas escolhas fossem acertadas e o erro não existisse em nossas vidas. Se não sentíssemos dor nem ficássemos doentes. Se a dúvida não nos afligisse. A princípio seria uma ótima idéia, mas suspeito que a vida, com o tempo, se tornaria bastante monótona e sem sentido.
Tudo tem seu motivo de ser. Somos acometidos por diversas formas de provas constantemente. Umas podem parecer mais duras que as outras, mas independente da intensidade e da forma com que sofremos o objetivo é sempre o mesmo, nosso aprendizado contínuo.
Quando crianças aprendemos rápido porque erramos muito, não temos medo de errar pois não conhecemos muita coisa, experimentamos e de tentativa em tentativa vamos descobrindo que podemos fazer mais e aprender cada vez mais. Quanto mais envelhecemos mais difícil fica de aprender, limites nos são impostos por nós mesmos e pela sociedade e o medo de errar nos impede de avançar nos campos profissional, moral, espiritual e afetivo.
Vivemos em um constante descompasso, procuramos sempre as pessoas que idealizamos e acreditamos que elas serão as únicas que servirão para nós, não admitimos nossos erros e sofremos quando não somos correspondidos ou bem aceitos. Esquecemos que os outros também depositam suas expectativas em nós. Esse jogo de sentimentos que se desencontram é necessário para tornar mais forte e verdadeira nossas convicções e decisões nos relacionamentos que desenvolvemos.
Se a cada prova por que passarmos, seja ela uma doença, um acidente grave, a perda de um ente querido, uma cirurgia delicada ou uma decepção amorosa, conseguirmos manter nossa fé e entendermos que os descompassos da vida são necessários para aprendermos a suportar e contornar com mais serenidade as novas provas que virão, estaremos caminhado um passo a mais em nossa caminhada evolutiva.
Fernando Christófaro Salgado
segunda-feira, 22 de junho de 2009
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