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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Orgulho, diluído ou concentrado

A cada dia tento aprender mais sobre mim. Não concordo que as pessoas possuam defeitos, defeito para mim é sinônimo de mau funcionamento e pessoas não são como máquinas que quando não funcionam corretamente podem ser consertadas, voltando a operar como antes. Experiências de vida deixam marcas que o tempo desbota, mas não apaga.
Estou longe, a milhas e milhas, a anos-luz de atingir a perfeição. Perfeição para mim seria a maior proximidade possível de uma divindade, de um ser supremo de amor e bondade, em que as qualidades e virtudes atingiram o grau máximo e inalcançável de evolução.
Tenho consciência de que tenho muitos pontos a melhorar e o desenvolvimento destes pontos só concorre a mim. Como disse estou aprendendo e no aprendizado, assim como qualquer um, incorro em erros. Às vezes repito os mesmos erros, tem coisas que são difíceis de serem assimiladas ou alteradas por nós, ou melhor, em nós.
Acredito que reconhecer um erro é o primeiro passo para começarmos a acertar. Devemos também reconhecer e valorizar nossas conquistas enquanto pessoas, tendo orgulho disto. Tenho orgulho de afirmar de peito cheio e coração aberto que não tenho inimigos nesta vida e não guardo rancor por nada nem ninguém. Este é o orgulho que deve ser concentrado, que nos dá forças para evoluir e construir sustentações cada vez mais sólidas.
Estou certo de que muitos não gostam de mim, muitos fingem que gostam ou lhes sou indiferente. Não tenho a pretensão de conquistar e ter o apreço de todos, prefiro respeitar e aceitar a concepção que cada um tem da minha pessoa.
Em contraste ao orgulho que deve ser concentrado temos o orgulho que deve ser diluído até ser eliminado de nossas vidas e relações, este é o orgulho excessivo, que gera a crença de sermos melhores e mais importantes do que os outros, um orgulho ligado ao egoísmo e a incapacidade de perdoar.
Não é vergonha sentir orgulho, o importante é sabermos como e onde iremos concentrá-lo.

Fernando Christófaro Salgado

Um comentário:

  1. Na grande maioria dos nossos erros, está o orgulho como causa principal, na minha opinião.
    Penso que o orgulho em nada nos acrescenta, concetrado ou diluído em atitudes de falsa humildade.
    O problema está no entendimento do que seja a humildade verdadeira e acaba-se confundindo essa virtude tão nobre, com apatia, fraqueza, covardia.
    Gandhi, Madre Tereza e tantos outros deram mostras de que quem realmente é humilde, torna-se grande, não por orgulho, nem presunção, mas pelo que é de fato, pela grandeza moral que emanam.
    Mais uma vez quero reiterar que gosto muito dos teus textos, me fazem refletir junto contigo. Parabéns pelas postagens belas.
    Paz!

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