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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um dia difícil

Logo no início do dia uma notícia estarrecedora lhe é comunicada. Um colega falta e você tem que fazer o serviço dele também, tudo que você faz parece dar errado, várias pessoas te solicitam ao mesmo tempo, o telefone não pára de tocar, quando você quer falar com alguém a pessoa não está disponível, a insistência começa a ser irritante, as horas parecem se arrastar como lesmas cansadas, você sente frio e lembra que seu casaco ficou em casa (sobre a mesa da cozinha), o almoço não bate bem no estômago, com azia você volta para sua mesa, seu computador pega um vírus e fica extremamente lento, a internet não funciona direito, você escorrega no banheiro e corta o braço na quina da pia, no seu serviço não tem kit de primeiros socorros, o sangue não pára de jorrar, providenciam mais que depressa um saco com gelo, o sangue estanca, aparece uma funcionária nova, que você não conhece, e diz que tem uns band-aids na bolsa, ela olha assustada para o seu corte e corre para a sala dela, retorna frustrada dizendo ter esquecido a bolsa no restaurante em que foi almoçar. São 16:47 e você ainda tem alguns minutos no serviço. O que mais pode dar errado? Você começa a se lembrar da notícia que recebera no início do dia. Hoje é seu último dia de trabalho! Só agora você começa a digerir a notícia recebida logo cedo, começa a entender o real motivo da azia, percebe que a funcionária nova que tentou te ajudar estava ali para ocupar a sua cadeira.
Um tempo depois, já em outro emprego, você pensa: Será que aquele foi um dia difícil para mim? Refletindo, você chega à conclusão de que quase nada fugiu de sua rotina normal.
Notícias ruins demoram a ser assimiladas e compreendidas, mas não nos impedem de continuarmos a agir. Por mais que o dia pareça ser difícil devemos manter a fé e acreditar que dias melhores virão. Devemos acreditar na nossa capacidade de superação e também na capacidade de superação dos outros, nunca deixando de oferecer um ombro amigo quando julgarmos necessário, mas respeitando o tempo de cada um para processar uma notícia indesejada.

Fernando Christófaro Salgado

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